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Sob marcação de um oficial de Justiça, Emerson, herói do título, reparte os louros, revela proposta chinesa, mas diz que fica

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

O dia seguinte do protagonista do primeiro título da Libertadores da história do Corinthians reforçou a aura quase folclórica de Emerson.

Assessores do camisa 11, autor dos dois gols na decisão contra o Boca Juniors, armaram uma coletiva de imprensa na casa do atacante.

A ideia de ouvir o que tinha a dizer o homem que encerrou a longa espera alvinegra pelo principal título do continente foi ofuscada pela presença de um oficial de Justiça na porta de Emerson.

Ele tinha em mãos uma intimação de um tribunal carioca para uma audiência, mas alegou "segredo de Justiça" para não revelar de qual processo se tratava o documento. O oficial chegou cedo demais e não encontrou Emerson, que voltava do Rio.

"Todo mundo quer me processar, é mole processar o Sheik", ironizou o corintiano, que já coleciona alguns problemas com a Justiça -entre outros, Emerson é acusado de contrabando e lavagem de dinheiro pela importação ilegal de um carro dos EUA.

"Deve ser mais um problema novo. Como todos os outros, este vai ser resolvido", desdenhou o jogador.

"Sempre falei que não sou santo, mas já fiz muitas coisas boas. Deus conhece o coração de cada um, e eu sei do meu caráter", defendeu-se.

Assim como já tinha feito nos vestiários do Pacaembu, Emerson abriu mão do papel de herói do Corinthians e voltou a dividir os méritos da conquista com os colegas.

"Acho uma falta de respeito com os outros 35 companheiros que chegam na mesma hora para treinar", disse.

"Ficarei satisfeito se daqui a muitos anos lembrarem do Cássio, do Chicão, do Castán, do Alessandro...", enumerou o atacante, lembrando um a um os jogadores que participaram da campanha.

"Eu não sou nenhum herói, sou só mais um louco do bando", completou, fazendo coro com as arquibancadas.

Passada a Libertadores, prioridade do clube até aqui, Emerson já projeta a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro, outra vez no Japão.

O atacante atuou por seis anos no futebol do país e prevê o possível confronto com o Chelsea, campeão europeu.

"Ainda faltam seis meses, nem sei se estarei vivo. Espero estar lá com o Corinthians, para realizar outro sonho", declarou o atacante.

FICO

Com 33 anos e um contrato com o Corinthians que vence só no final da próxima temporada, Emerson revelou ontem que recebeu uma proposta para jogar na China.

Ele não disse o nome do clube nem mesmo revelou os valores que foram oferecidos. Mas afirmou que nada o tira do Corinthians agora.

"No ano passado, tive uma ótima proposta de um clube árabe, mas preferi ficar aqui, perto dos meus filhos. Hoje, eu recusaria para ficar mais próximo do Corinthians", completou o jogador.

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