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Juca Kfouri

Gira bola

Pelas voltas que o mundo dá, eis aí Corinthians e Palmeiras outra vez por cima dos grandes rivais

O PALMEIRAS está a um passo de voltar à Libertadores e fazer companhia ao campeão Corinthians.

Não será fácil como foi para o rival derrotar o Boca Juniors na final, mas o Palmeiras pode, embora o favoritismo permaneça com o Coritiba, mesmo com a dura obrigação de vencer por mais de um gol de diferença no jogo de volta.

Gol que tem sido o problema do time paranaense. Que envolve, domina, pressiona e faz gato e sapato do adversário como no jogo contra o São Paulo, no Morumbi, e no primeiro tempo, em Barueri. Mas, a exemplo da seleção alemã, não transforma a picardia em vantagem na hora de decidir.

Pelo menos tem sido assim fora de casa, diferentemente do habitual no Couto "Inferno Verde" Pereira, provavelmente mais aquecido ainda

pela justa reclamação do penal não marcado sobre Tcheco.

Mas o Palmeiras está aí, prestes a ocupar um lugar que dificilmente o tão desfalcado Santos atingirá nesta temporada e que o São Paulo parece fadado a alcançar por meio do Brasileirão.

Ainda mais agora, com Ney Franco no comando, um progresso na vida tricolor e uma lamentável interrupção no bom processo de formação das categorias de base brasileiras que estava em andamento.

Com o que o Trio de Ferro poderá estar na Libertadores-13, promessa de sensação, principalmente se agora o Corinthians, sem que ninguém possa dizer que seja desculpa, usar a força de campeão e pressionar para mudar os usos e costumes desse torneio, disputado em altitudes pornográficas -e protegido por escudos policiais até para bater um singelo escanteio.

Há que se lutar por um processo civilizatório na Libertadores e que contamine também o Brasil, porque deu vergonha ver o tratamento dispensado aos jornalistas e torcedores argentinos no Pacaembu, ao contrário do que houve na Bombonera com os brasileiros, segundo todos os depoimentos. Até nisso o mundo dá voltas, porque, em regra, acontecia o inverso.

E dá tantas voltas que o jogador eleito como melhor da Copa-2010 vem jogar no Brasil pelo Inter, para ficar mais perto do país dele, assim como Loco Abreu ficará ao jogar no Figueirense.

A vinda de Diego Forlán, 33, é digna de ser aplaudida, como a do excelente Clarence Seedorf, apesar de o holandês encontrar bem menos companhia no Botafogo do que o uruguaio no Colorado.

Enfim, está valendo apostar no giro desta bola chamada mundo do futebol que, por aqui, anda precisando mesmo de qualidade.

blogdojuca@uol.com.br

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