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Betinho silencia inferno verde

COPA DO BRASIL
Atacante substitui Barcos e define duelo com gol de cabeça em bola parada

DOS ENVIADOS A CURITIBA

Betinho era o mais improvável dos candidatos a herói do Palmeiras. O patinho feio, que substituiu o machucado Barcos, foi o autor do gol do título. E de bola parada, como manda a cartilha do time.

Um desvio de cabeça, quatro minutos após o Coritiba marcar. O gol de Ayrton incendiara o Couto Pereira e deixara a impressão de que a pressão seria insuportável.

Aos 25 anos, eis que Betinho estava praticamente de aviso prévio. Contratado em maio, do São Caetano, fez o chamado acordo de risco, por três meses. Em agosto, já teria que procurar emprego. Pelo visto não precisará mais.

O "inferno verde", a festa com luzes, fumaça e papéis que torcida e diretoria do Coritiba fizeram antes do início do jogo, levava a crer que o caldeirão ferveria nos primeiros minutos. Falsa impressão.

A calma do Palmeiras no início da partida se manteve até o final do primeiro tempo e parece ter surpreendido o Coritiba, afoito e errando passes de poucos metros.

O time da casa insistia, inexplicavelmente, em atacar pelo lado esquerdo, o mais castigado pela chuva e que fazia a bola parar em poças d'água a todo momento.

As melhores oportunidades da equipe da casa surgiram em falhas individuais palmeirenses, como quando Thiago Heleno deixou para Bruno, que deixou para Heleno. Rafinha aproveitou para chutar torto. Para fora.

Aos poucos, os gritos dos "coxas" foram enfraquecendo e se Betinho (sim, ele mesmo) tivesse um pouco mais de presença na área, o Palmeiras poderia até ter feito um gol ainda na etapa inicial.

No final, perdeu Thiago Heleno, machucado, mas Henrique, atuando como volante, estava valendo por ele e por outros dois defensores.

A torcida voltou a se inflamar no começo do segundo tempo. Culpa palmeirense, que voltou com atitude diferente na etapa final. Esperando o adversário, deixou o Coritiba mais próximo do gol de Bruno. E, com as chances criadas, a torcida se animou.

A bola não parava no ataque palmeirense, batia e voltava. Luiz Felipe Scolari percebeu, sacou Daniel Carvalho e colocou Luan, que retornava de lesão. Não adiantou.

Uma falta na entrada da área e o Coritiba abriu o placar, em cobrança de Ayrton. Detalhe: ele era cotado para começar jogando, mas Marcelo Oliveira optou por Jonas, muito mal em campo.

Lembra do "inferno verde"? Voltou com força máxima, fumaça, sinalizador e a arquibancada do Couto Pereira balançando muito.

Marcos Assunção cruzou e Betinho desviou. Cada um correu para um lado para comemorar, os reservas invadiram o campo, Felipão enlouqueceu. Ainda faltavam 24 minutos para o final da partida, mas o Coritiba precisava de três gols. Os torcedores mandantes deixando o estádio antes do final mostrava que o jogo tinha acabado ali. (MARCEL RIZZO E RAFAEL REIS)

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