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Mind the gap* As ditaduras vão bem em Londres PAULO COBOSEDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE” Ditaduras e esporte têm uma longa história nas Olimpíadas. E não é diferente em Londres. Países com ditaduras no poder, sejam personalistas ou de partido, brilham no quadro de medalhas, a começar pela líder, China. Mas é o currículo de cinco países que, somados, têm menos da metade da população do Brasil, que impressiona. Juntos, Cazaquistão, Coreia do Norte, Belarus, Azerbaijão e Uzbequistão somam 11 medalhas, sete de ouro. Os dois primeiros, inclusive, têm chances reais de terminar à frente do Brasil no quadro-os cazaques já têm três ouros, e os norte-coreanos, quatro. Os países de ditadores têm predileção por lutas e levantamento de peso -só uma medalha não foi nessas modalidades. E a exceção ajuda a explicar a fixação que ditadores têm pelo esporte. O primeiro ouro do Cazaquistão foi ganho na tradicional prova do ciclismo de estrada, esporte adorado pelo presidente Nursultan Nazarbayev, no poder desde o distante 1990. O dirigente do país, rico em reservas de petróleo e gás, investiu pesado para formar a equipe Astana, uma das maiores do ciclismo e que chegou até a ter o astro americano Lance Armstrong no time. E como não pode deixar de ser no caso de ditadores, a equipe tem história conturbada, com acusações de doping de vários de seus competidores. - Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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