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Revés com cesta no fim coloca Brasil na busca por 3ª posição

BASQUETE
Time masculino lamenta erro a 4s do final, mas aprova atuação e deve pegar a França nas quartas

DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

A seleção masculina de basquete, que se orgulha de sua defesa forte, foi incapaz de impedir um arremesso a quatro segundos do fim do jogo e amargou, ontem, sua primeira derrota em Londres.

O embate contra a Rússia terminou com vitória dos europeus por um ponto (75 a 74) graças a um tiro certeiro de três pontos do armador Vitalyi Fridzon da zona morta.

Elementos que transformaram o confronto de ontem no mais emocionante dos Jogos Olímpicos até aqui.

O Brasil volta a jogar amanhã, contra a China, às 12h45. E encerra sua participação na primeira fase na segunda-feira, às 16h, contra a Espanha.

Caso não haja zebra, a seleção se encaminha para avançar às quartas de final em terceiro da chave, o que provocaria um provável encontro com a França, favorita ao segundo posto no outro grupo. Os russos enfrentam Espanha e Austrália.

Fridzon recebeu o passe quando restavam seis segundos e um décimo para o fim do jogo. O Brasil liderava por 74 a 72, após bandeja de Marcelinho Huertas no garrafão repleto de gigantes russos.

Leandrinho era o responsável por marcar o rival, que correu para a zona morta, à direita da defesa brasileira, onde recebeu a bola.

Foi o tempo de se virar em direção à cesta e arremessar.

O brasileiro se jogou em seus pés, como um zagueiro de futebol. Desequilibrado, Fridzon lançou a bola, que mal tocou no aro antes de cair. Foi o único arremesso de três do russo em quadra.

Fridzon, que terminou o jogo com seis pontos, é conhecido em seu país por ter atuado em 310 partidas seguidas de seu time, o Khimki, de 2004 a 2010, recorde local.

Na seleção, porém, ele é reserva. "A jogada era para ele, nosso melhor chutador de fora", disse o americano David Blatt, técnico da Rússia.

"Fui cumprimentar o russo [Fridzon] ali depois do jogo e ele me falou 'lucky', que significa sorte em inglês", relatou Leandrinho, cestinha do Brasil, com 16 pontos.

"Leandrinho ainda deu um carrinho no russo, mas não teve jeito", disse o ala Alex, responsável por marcar Andrei Kirilenko, astro rival. Recém-contratado pelo Minnesota Timberwolves, da NBA, Kirilenko foi o maior pontuador ontem -19 pontos.

"Como o Rubén [Magnano] sempre diz: faltou inteligência emocional ali no final. Poderíamos ter feito falta. Mas falar agora é fácil. Difícil é fazer lá na hora", afirmou o armador Marcelinho Huertas.

O que torna o revés ainda mais cruel para os brasileiros é o fato de terem recuperado uma desvantagem de 11 pontos no terceiro período.

"Nossa ofensiva funcionou contra um time como a Rússia, que usou vários tipos de defesa. Não é que esteja feliz da vida, mas acho que fizemos um bom trabalho", declarou Rubén Magnano.

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