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Juca Kfouri

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Honduras, apenas

Com um a menos por uma hora, pequeno país centro-americano deu um calorão na equipe de Mano

HONDURAS TEM cerca de 8 milhões de habitantes, três a menos que a cidade de São Paulo. Mas sua seleção, com apenas duas participações em Copas do Mundo, em 1982 e 2010, e nenhuma vitória, como todas, joga com 11 jogadores.

E, com 11, os hondurenhos saíram na frente dos meninos de Mano, ainda antes do 13º minuto, num lindo gol feito como se com o efeito de uma raquete de tênis.

Mas, ao faltarem 13 minutos para acabar o primeiro tempo, o zagueiro Crisanto (não se deixe enganar pelo nome) fez mais uma falta feia em Neymar e acabou corretamente expulso pelo árbitro.

Com dez não deu. Não demorou mais do que cinco minutos para Leandro Damião, numa atitude corajosa e típica de centroavantes, lançar-se na bola que a zaga hondurenha titubeava para afastar da pequena área e empatar.

Era justo, pela superioridade brasileira. Com um a mais, a obrigação de vencer ficou ainda maior que antes de o jogo começar.

Os hondurenhos empataram com a Espanha em 1982, na Copa espanhola, perderam para os espanhóis na Copa da África do Sul e os venceram aqui na Olimpíada.

Muito se orgulham disso em Tegucigalpa, lindo nome de sua capital, mas orgulho mesmo os tegucigalpenses têm da vitória sobre o Brasil, em 2001, pela Copa América, tão lembrada nos últimos dias.

Havia quem apostasse que a repetição da façanha traria de volta à CBF o técnico que amargou aquela derrota e foi campeão mundial em seguida, Luiz Felipe Scolari. Objetivo? Repetir a história em 2014.

A aposta ganhou contornos dramáticos quando nem bem o jogo recomeçou e os hondurenhos marcaram o segundo gol, em falha do goleiro Gabriel, logo compensada por outra, mas da arbitragem, que assinalou pênalti cavado por Leandro Damião e que Neymar converteu.

Os gols de Martínez e Espinosa eram demasiados para os brasileiros, e os de Damião e Neymar, poucos. Foi então que, aos 14min, Neymar e Damião combinaram e o centroavante virou: 3 a 2.

Acredite quem quiser, perdendo e com um a menos, os centro-americanos davam trabalho, muito, e ameaçavam empatar, porque, você sabe, não existem mais bobos no futebol -as japonesas até são melhores que as brasileiras, que são boas mesmo é no judô...

Mano Menezes, que havia acertado ao trocar Sandro, com cartão amarelo e mais marcador que apoiador, por Danilo, no fim do primeiro tempo, acertou novamente no meio do segundo ao buscar velocidade com Lucas no lugar de Hulk.

Newcastle viu duas vitórias brasileiras. Manchester, palco da semi, se vir a segunda contra a Coreia do Sul, encaminhará o time para a final, em Wembley. A duras penas.

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