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Scheidt erra e perde a medalha de ouro para suecos 'azarões'

VELA Dupla brasileira fica com o bronze na classe star, que deixa de fazer parte do programa olímpico

SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A WEYMOUTH

Único brasileiro a subir no pódio em cinco edições consecutivas de Jogos Olímpicos, Robert Scheitd apostava no erro da dupla britânica Iain Percy e Andrew Simpson para conquistar o ouro ontem. Os britânicos falharam, mas ele e Bruno Prada também.

Por uma opção errada na largada da "medal race", a dupla brasileira terminou a regata em sétimo lugar e assistiu aos azarões suecos Fredrik Loof e Max Salminen ganharem o ouro. Scheidt e Prada ficaram com o bronze na classe star em Londres.

"Fica uma mistura de sentimentos. Estou feliz pela medalha, mas não gosto de perder nada", afirmou Scheidt.

Com o bronze, ele é o atleta brasileiro mais constante na história olímpica.

O paulista de 39 anos já havia ganho dois ouros em Jogos (Atlanta-96 e Atenas-04) e duas pratas (Sydney-00 e Pequim-08). No Brasil, apenas Torben Grael tem o mesmo número de medalhas.

"Não tenho muito a dizer. A nossa preparação para Londres foi melhor que a dos Jogos anteriores. Os resultados mostram isso. A nossa pior colocação no último ano foi um segundo lugar. Não perdíamos havia 20 meses para os suecos. É a vida", disse o velejador, que venceu os dois últimos mundiais da classe.

"Fizemos uma boa regata e a sorte nos ajudou também", afirmou o sueco Loff, que tem duas medalhas de bronze na carreira. Os suecos só confirmaram o ouro nos metros finais, quando os britânicos foram ultrapassados por três barcos. A quinta colocação dava o título olímpico a Percy e Simpson, que terminaram em oitavo.

Por causa do retrospecto, Scheidt e Bruno Prada eram os favoritos ao ouro.

Oito pontos atrás dos líderes no torneio classificatório, encerrado na sexta, os brasileiros precisavam ontem de combinação de resultados para subir no ponto mais alto do pódio. Mas nada aconteceu em favor da dupla na "medal race", que reúne os dez melhores e vale o dobro.

"Tínhamos a previsão que o vento ia entrar para o lado esquerdo no começo da regata. Fomos pra lá, mas não aconteceu. Largamos mal e ficou difícil recuperar. Infelizmente foi um erro", afirmou Scheidt, que pretende se aposentar depois dos Jogos do Rio de Janeiro.

Para competir em 2016, ele terá que mudar de classe na disputa e admitiu ontem formar dupla com uma mulher na Olimpíada do Rio.

A classe star teve sua última participação no programa olímpico em Londres e não fará parte no Rio.

Depois da regata em Weymouth, Scheidt disse que pode migrar para a nacra 17, classe que foi incluída na Olimpíada do Rio para obrigar homens e mulheres a competir no mesmo barco.

Ele não quis adiantar quem pode ser sua companheira.

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