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Murray atropela Federer e encerra espera centenária

TÊNIS Em revanche de Wimbledon, jogador dá a Grã-Bretanha o 1º ouro no esporte desde 1912

LEANDRO COLON
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

O roteiro foi perfeito. Medalha de ouro olímpica conquistada na quadra de Wimbledon, com apoio da torcida, 3 sets a 0, e em cima do número um do mundo.

Aos 25 anos, o britânico Andy Murray marcou ontem seu nome na história dos Jogos Olímpicos ao arrasar na final o suíço Roger Federer.

Além de levar o ouro, seu principal título na carreira, ele tirou a Grã-Bretanha de um jejum de cem anos sem esta conquista no tênis.

Em uma hora e 56 minutos, Murray não deixou Federer jogar, massacre que levou o público à euforia em Wimbledon. "Foi a maior vitória da minha vida", afirmou.

Empurrado pela torcida britânica, ele atropelou o suíço por 6/2, 6/1 e 6/4. O resultado teve gosto de revanche -há um mês Murray havia perdido para Federer na final do torneio de Wimbledon.

Número quatro do mundo, mas criticado pela falta de um grande título até então, Murray, desabafou: "Tive muitas derrotas, e essa vitória é uma forma de me recuperar do torneio de Wimbledon". Para chegar à final dos Jogos, Murray havia batido o sérvio Novak Djokovic por 2 sets a 0.

'ORGULHO'

Federer estava irreconhecível em quadra, com erros seguidos, chegando a perder nove games consecutivos.

Sofreu, como ele mesmo admitiu depois em entrevista, impacto da longa semifinal de 4h26 contra o argentino Martin Del Potro na sexta.

Com a derrota, o suíço deixou de atingir o chamado "Golden Slam", que é a conquista da medalha de ouro e dos quatros principais torneios do circuito.

O heptacampeão de Wimbledon disse, no entanto, que estava satisfeito com o desempenho na Olimpíada.

"Honestamente, é um orgulho ganhar uma prata. Eu ganhei a prata, não perdi."

Federer reconheceu a superioridade de Andy Murray durante a decisão.

"Era óbvio que ele se transformaria num melhor jogador com o passar dos anos. Ele aprendeu a jogar com mais agressividade, está consistente", disse o líder do ranking, que destacou ainda o apoio da torcida da casa ao tenista britânico.

Questionado se pretende disputar os Jogos de 2016, no Rio, para buscar o inédito ouro individual -o tenista tem um em duplas, de 2008-, Federer afirmou que ainda não dá para saber, já que terá 35 anos na Olimpíada no Brasil.

"Espero que sim. Disse antes que não seria impossível ir ao Rio", afirmou, lembrando que nunca esteve na cidade sede dos próximos Jogos. "É um país fascinante."

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