Dream Team vence 'vilões' do torneio e confirma favoritismo

No roteiro de cinema que se tornou a final masculina do basquete, o vilão da vez, a Espanha, por muito pouco não venceu os heróis, os EUA.

Os norte-americanos conquistaram ontem o 14º ouro olímpico do time ao derrotar os espanhóis por 107 a 100.

O resultado evitou que o primeiro lugar no pódio ficasse com uma equipe acusada de ter perdido de propósito na primeira fase para ter caminho mais fácil até a final.

A seleção da Espanha teria facilitado a partida contra o Brasil para fugir de um possível encontro com os Estados Unidos antes da decisão.

A atitude, não admitida pelos espanhóis, irritou brasileiros, franceses, russos e argentinos, e fez do time o vilão da Olimpíada.

O desenrolar do torneio mostrou que só uma equipe poderia apear a Espanha do topo do pódio: os EUA.

Ontem, os europeus mostraram em quadra por que o duelo merecia ocorrer apenas na decisão do ouro olímpico. Para eles, era uma revanche da final de Pequim-2008, quando caíram por 118 a 107.

A versão 2012 do Dream Team precisou manter o ala Kevin Durant, que defende o Oklahoma City Thunder e é o maior anotador das últimas três temporadas da NBA, durante 38 minutos em quadra. Ontem, ele fez 30 pontos.

Os rivais se alternaram por 16 vezes na liderança. A Espanha chegou a abrir uma vantagem de cinco pontos.

Mas uma enterrada de LeBron James, do Miami Heat, a menos de três minutos do fim, abriu 99 a 91 no placar. Teve efeito de tiro de misericórdia e vingança de quem havia se sentido prejudicado.

Kobe Bryant, que disse disputar sua última Olimpíada, teve sua imagem exibida no telão da arena com os olhos marejados pelo triunfo.

"Esta medalha significa muito. Muita gente duvidou deste time, disseram que éramos baixos demais, que não conseguiríamos contra equipes maiores", falou LeBron.