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Juca Kfouri São Paulo castiga Em 22 minutos o Corinthians pôde marcar quatro gols. Tomou o empate e a justa virada NÃO HÁ corintiano na face da terra que não tenha imaginado uma goleada antológica no Pacaembu. Não há são-paulino que não tenha temido uma catástrofe de proporções inimagináveis até os primeiros 22 minutos do Majestoso diante de mais de 36 mil torcedores. Porque a pressão corintiana foi tamanha que a defesa do São Paulo parecia formada por meninos, o meio de campo não existia e nem as estrelas Lucas e Luís Fabiano tinham o que fazer no ataque. Era o Corinthians em estado puro, marcando como sempre e aparentando fazer gols como nunca. No quinto minuto já estava na frente, fruto de um desarme na intermediária e um passe de Paulinho para Emerson abrir o placar. Depois disso, nos 17 minutos seguintes, Rogério Ceni evitou dois gols, um de Paulinho e outro de Emerson, em lances que se o jogo não estivesse tão fácil eles provavelmente passariam para companheiros ainda mais bem colocados na área tricolor, e as costas do lateral Douglas, caído na frente do gol, evitou mais um do Sheik. Aos 22 minutos, sem exagero, o jogo poderia estar 4 a 0 para o Corinthians. Não estava e, o são-paulino ou o corintiano, ou o apreciador de futebol que acompanhasse o jogo, certamente pensou na velha máxima do quem não faz toma. Pois aos 23 estava 1 a 1, porque Lucas foi brilhante ao dar para Luis Fabiano não falhar. E, seis minutos depois do empate, Maicon chutou para fora a virada ainda no primeiro tempo. O que era uma superioridade anormal de um grande sobre outro, virou um fim de primeiro tempo tão equilibrado como foi o segundo, até Jadson repetir Lucas e enfiar uma bola preciosa para o Fabuloso dar uma meia lua em Cássio e virar o jogo meio sem ângulo, além de assumir, ao lado de Fred e de Vagner Love, mas com menos jogos que ambos, a artilharia do Brasileirão com nove gols. Se o Corinthians teve motivos para chorar a derrota para o Santos por erro de arbitragem, por mais que agora possa dizer que houve um pênalti de Tolói em Emerson, deve é reclamar de si mesmo, pelo número de oportunidades que desperdiçou, a do empate no minuto derradeiro, inclusive, nos pés de Romarinho. Além de homenagear o rival que, de humilhado no começo, saiu no fim do clássico com sua clássica pose de Soberano ao castigar o adversário exemplarmente. O futebol de hoje em dia pode sim abrir mão do velho centroavante centroavante, o homem de referência. Como faz o Barcelona e o próprio Corinthians ultimamente, ou como já fez a seleção brasileira lá atrás, em 1970 -ou seja, nenhuma novidade. Mas como não existem verdades definitivas nem no futebol, ou especialmente no futebol, achar que o Fabuloso e assemelhados são peças de museu soa tão medíocre como achar que sem eles não há solução. GALO MADURO Num clássico sensacional, o Galo teve tudo para sucumbir no estádio Independência lotado pelos cruzeirenses. Saiu atrás, virou com um gol ao modo do antigo Ronaldinho Galucho, simplesmente maravilhoso, e só tomou o empate, quando tinha nove contra dez, porque o árbitro não observou uma falta clara contra o Cruzeiro. Pode até não ser campeão, mas que está merecendo, está. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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