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Calendário do futebol em 2013 sobrecarrega segundo semestre

CBF
Copa das Confederações e estaduais obrigam entidade a preencher os meios de semana

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

12 de junho de 2013, Dia dos Namorados, será a única quarta-feira do ano que vem em que não haverá futebol.

O calendário do futebol brasileiro, divulgado ontem pela CBF, prevê mudanças grandes em relação ao que se praticava até este ano.

A maior delas é o deslocamento da Copa do Brasil. Antes disputada no primeiro semestre, paralela à Libertadores, a competição em 2013 vai de 30 abril a 27 de novembro.

A CBF ampliou o número de clubes (de 64 para 86) e de datas da Copa do Brasil, para incluir times que jogam a Libertadores no mesmo ano.

O outro grande fator de modificações é a Copa das Confederações, a ser jogada entre 15 e 30 de junho.

Nesse período, todos os torneios no Brasil vão parar. O que obrigou a CBF a ocupar todos os meios de semana do ano. A temporada começa em 20 de janeiro, com os estaduais, e termina em 21 de dezembro, no Mundial de Clubes.

"Não é o calendário ideal", admitiu à Folha o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio. "Estamos há anos em busca da solução perfeita, apresentamos a possível."

O dirigente disse que a confederação preferiu correr os riscos. "A alternativa que havia era não fazer nada."

O novo calendário sobrecarrega o segundo semestre e preocupa os clubes.

As últimas semanas de julho, por exemplo, vão concentrar as partidas finais da Libertadores com as rodadas iniciais da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.

Em novembro, as competições nacionais estarão na reta decisiva, enquanto se disputa a Sul-Americana.

"Já fizemos a conta, podemos jogar até 87 jogos no ano que vem", disse o gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar. "Estamos nos preparando desde já para isso."

É quase consenso que alguns times vão jogar a reta final do Brasileiro de 2013 com reservas, o que deve interferir na disputa do título.

"Vai ser preciso ter elenco grande e qualificado", declarou o diretor de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe. "Vai ser preciso investir."

Em meio a tudo isso, os jogos da seleção devem atrapalhar a vida de muitos clubes.

No primeiro semestre haverá três datas-Fifa, nas quais os clubes são obrigados a liberar os atletas. E mais a Copa das Confederações.

No segundo, são sete os amistosos internacionais previstos para o time da CBF.

E haverá ainda os dois jogos entre as seleções locais de Brasil e Argentina, pelo Superclássico das Américas.

Os times já sabem que vão reclamar -pedindo adiamento de jogos e liberação de atletas convocados. E a CBF já sabe que vai ouvir esse choro.

"Num período em que vamos ter Copa das Confederações e Copa do Mundo no Brasil, o calendário da seleção sempre vai interferir na vida dos clubes de alguma maneira", afirmou o diretor de seleções Andres Sanchez.

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