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Juca Kfouri

Salvem o Palmeiras

Cair pela segunda vez para a segunda divisão em dez anos será o cúmulo, inadmissível

O PALMEIRAS está às portas de novo vexame.

Depois da queda em 2002, corre o sério risco de cair de novo.

De campeão do século 20, para o fiasco do 21.

Não pode. Não deve. É o cúmulo. Inadmissível. Insuportável.

Mesmo que tivesse vencido o Grêmio ontem, e só empatou, o Palmeiras continuaria na zona do rebaixamento, onde não esteve em apenas seis das 21 rodadas do Brasileirão. Nas demais 15, esteve nela!

Pior: pela primeira vez no campeonato, a mais de três pontos de do primeiro clube acima da zona da degola, o que o condenou a nela permanecer independentemente de seu resultado.

E será mais difícil para o enorme Palmeiras do que para o Figueirense, para o Sport, para qualquer um dos clubes médios, sair desta angustiante situação, porque sua camisa pesa mil toneladas a mais que a deles e a pressão é incomparavelmente maior.

Ao torcedor do Palmeiras resta apoiar o time de maneira incondicional: menos de 12 mil ontem é muito pouco. Não é inteligente esperar para fazê-lo no ano que vem, às vésperas do centenário, na Série B.

O Palmeiras está em vias de ter casa nova, reluzente, entrar em nova fase de vida, e não há de ser no fundo do poço, porque este é suficiente, para aprender alguma coisa, uma vez e nunca mais.

A direção palmeirense, desnecessário dizer, não sabe o que fazer, está atarantada. Trouxe para perto de si escorpiões como o notório Mauro Marques e agora caça bruxas onde há, no máximo, gente ingênua.

Ora, para dar apenas um exemplo, o timaço esmeraldino de 1996 era composto por um bando de cobras, em ambos os sentidos, um não se dava com o outro, farra não faltava, e o futebol que jogava era espetacular.

Os atuais cartolas andam atrás de fofoca em vez de em busca de soluções -e o torcedor de verdade não pode achar que estas estejam nas ameaças ou na violência, porque, assim, só piorará a situação.

A hora é de tapar o nariz, abrir os olhos, juntar as mãos e respaldar este grupo mediano de jogadores para uma posição intermediária na tabela, o máximo que pode alcançar.

Depois, nas eleições que se avizinham, que se acertem as contas.

CALENDÁRIO-2013

O calendário anunciado pela CBF é um avanço, principalmente porque ressuscita a Copa Nordeste e porque recoloca os participantes da Libertadores na Copa do Brasil.

Mas prossegue sem botar o futebol brasileiro no mesmo passo do mundial. Enquanto não o fizer, terá jogos demais e qualidade de menos, com todas as quartas-feiras ocupadas e os inchados Estaduais tomando espaço exagerado.

Tempo para fazê-lo já teve de sobra, daí ser inaceitável a desculpa de que o tema ainda não foi suficientemente discutido.

Que em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, não se perca a oportunidade.

blogdojuca@uol.com.br

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