Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Juca Kfouri

São Paulo em risco

A 29ª rodada do Brasileirão periga ser a pá de terra final nas pretensões das equipes paulistas

ESQUEÇA O CORINTHIANS, que, sem Paulinho e Martinez, a serviço de suas seleções, pode até perder para o Flamengo nesta quarta-feira, no Pacaembu, e nem por isso terá grandes motivos para se preocupar, diferentemente do rubro-negro se vier a ser derrotado no Clássico das Multidões.

Mas olhe para o risco que corre o São Paulo, caso perca para o Vasco e fique a sete pontos do G4, a nove rodadas do fim do Brasileirão. Melhor será abandoná-lo e investir tudo na Copa Sul-Americana. Desnecessário lembrar que o tricolor não terá Lucas, na seleção, para o decisivo encontro com os cariocas.

Já o Santos sem Neymar (aliás, ele joga mesmo no Santos?), enfrentará, também na quarta-feira, mas no Engenhão, o Botafogo. E, em caso de novo mau resultado, terá que começar a olhar para baixo com uma certa preocupação.

Claro que este não é o caso do Palmeiras. Preocupação deixou de expressar o que se passa no clube, e o olhar, apavorado, tem de ser para cima, porque mais para baixo quase nem dá, tão perto o abismo está.

Um empate com o Coritiba, o último dos primeiros, em Araraquara, será catastrófico. Uma derrota, então, nesta quinta-feira, praticamente soará como sentença definitiva para o campeão do século passado. Desnecessário lembrar que o Palmeiras não terá Barcos, na seleção argentina, para o decisivo encontro com os paranaenses.

Como explicar a situação incômoda, embora saudável para quadro geral do futebol nacional, quando a hegemonia bandeirante neste século é tão gritante que os paulistas São Paulo (três vezes), Santos e Corinthians, duas vezes cada um, venceram sete dos 11 Brasileirões?

Os cariocas, pela terceira vez no novo milênio, ou os mineiros, pela segunda, serão os campeões, e o máximo que os paulistas poderão contrapor será a presença garantida de Corinthians e Palmeiras na Libertadores, assim como a possível do São Paulo, mas não por seus desempenhos no torneio mais importante do país. Convenhamos que é pouco se compararmos com o desempenho do passado recente, coroado pelo bicampeonato paulista na Libertadores em 2011/12.

TRISTEZA CRIATIVA

Doutor Sócrates jogava melhor e com mais alegria quando estava triste. Muitas vezes jogava com um certo enfado por estar feliz.

Curtindo luto pela morte repentina do padrasto, Ronaldinho acabou com o Figueirense, numa exibição de gala, com direito a golaço, pouco importa se de propósito ou não, principalmente porque marcou mais dois de bola parada e deu os passes para outros tantos.

Para alegria da torcida do Galo, Ronaldinho estará no Beira-Rio depois de amanhã, por mais que ele preferisse estar na seleção. Situação idêntica vivem Fred, no Pituaçu, e a torcida do líder Fluminense.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.