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Juca Kfouri

Hoje é dia de Kaká

Tem Kaká à tarde, em Malmö, e decisão dramática à noite, em Araraquara. Que quinta!

KAKÁ VOLTA hoje à seleção brasileira. Pode ser apenas mais uma frustração, mas pode ser o começo da salvação da lavoura.

Por que não?

Ao contrário da situação em que se encontrava na Copa do Mundo passada, quando correu sério risco de encerrar a carreira por jogar no sacrifício, agora todas as informações dão conta de sua recuperação total. Falta apenas ritmo de jogo, algo que José Mourinho teima em não lhe proporcionar.

Em 2010, neste espaço, foi escrito, com admiração e preocupação, que Kaká arriscava tudo para jogar na África do Sul, e que mesmo assim ele desequilibrava. A exposição de seu problema o levou ao destempero de acusar o elogio e a notícia como perseguição religiosa, ele que era fervoroso adepto da bispa Sônia e do apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer.

Era, não é mais.

Como não era verdade que houvesse qualquer outra intenção que não a de informar -e, eventualmente, alertá-lo para as consequências de seu esforço desumano.

O resto da história também é sabido. Kaká voltou à mesa de cirurgia, o cirurgião que o operou confirmou que ele esteve a ponto de ter de encerrar prematuramente a carreira, e o craque, que já foi o número 1 do mundo, teve longo e duro período de convalescença.

Vê-lo hoje, mesmo contra o Iraque, na cidade sueca de Malmö, ao lado de Neymar, pode significar a reconquista, adiante, do respeito que a seleção perdeu pelo mundo afora. E é o que todos esperamos.

Oremos. Amém.

DRAMA VERDE

O Palmeiras inicia hoje, em Araraquara, a busca de 18 dos 30 pontos que tem a disputar no Brasileirão -aproveitamento de 60%, exatamente o que dá ao Vasco o quarto lugar no campeonato e equivale ao dobro obtido pelo alviverde em 28 jogos, índice de quinta.

O adversário, por essas ironias do futebol, é o Coritiba que foi derrotado na decisão da Copa Brasil, seis pontos à sua frente, último colocado entre os que estão fora da zona de rebaixamento. Se dar a volta por cima é desafio gigantesco para um grupo opaco, ganhar hoje, além de menos problemático, é simplesmente obrigatório. Caso contrário, o discurso será o de sempre: enquanto há vida, há esperança.

Como desgraça pouca é bobagem, o artilheiro Barcos desfalca o time por estar a serviço da seleção argentina, embora sua ausência seja compensada pela do falso mago Valdivia, cujos brilharecos enganaram tantos durante tanto tempo.

Não que o chileno seja o culpado pela situação angustiante vivida pelo campeão brasileiro do século passado, um tempo em que os ídolos alviverdes eram capazes de fazer mágica de verdade nos gramados e tirar coelho de cartolas.

Difícil tem sido tirar os cartolas do porco que simboliza o Verdão.

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