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Lúcio Ribeiro Super-Homem Da Polônia a Campinas, de golaço a fiasco, com namorada nova. Cinco dias comuns na vida de Neymar DANDO SEQUÊNCIA a uma trilogia de "heróis", que começou terça passada com "Supertécnicos" e deve terminar na próxima com um certo "Supertime", a coluna de hoje joga luzes preocupadas sobre o craque Neymar. E fico feliz de escrever sobre Neymar quando ele foi ruim em campo, decepcionou, jogou como um "mortal". Assim, não parece oportunismo. Eu sei, pela literatura da bola, que Pelé enchia o Maracanã quando o Santos ia jogar no Rio, com torcedores locais indo ao campo mais para vê-lo do que para torcer pelos próprios times. E, ontem, no jogo contra a Ponte Preta em Campinas, vi com olhos atuais que essa coisa do Pelé deve mesmo ter existido, não era cascata, porque sou de uma era cética e violenta em que fatos assim não existem no futebol. Mas Neymar vem contrariando isso jogo a jogo, onde quer que o Santos passe. A Ponte, na luta para não cair, entrou em campo primeiro. Seus jogadores foram arrastando um sem-número de mascotes uniformizados, que davam o apoio que o time tanto precisava. Logo depois o Santos surgiu. Tão logo viram Neymar, a molecada pontepretana largou seus jogadores e foram rodear em massa o craque adversário, o "inimigo". A mim, que não sou santista e ando cético com as chances da seleção na tão significativa Copa em casa, Neymar encanta e preocupa. A pouco menos de 600 dias do Mundial, nossa maior esperança é capaz de coisas de Super-Homem. Num dia está comandando o Brasil em jogo na Polônia, no outro está fazendo golaço pelo Santos na Vila Belmiro. E dando uma humilhante "carretilha" no adversário, pelo lado "invertido", dessas jogadas que, quando se é criança, jogando no asfalto, acontecem com alguma frequência, como travessura. Mas feita do lado "certo", e não encurralado por inimigos num canto do campo em um estádio sagrado com público e televisão presentes. Recapitulando e acrescentando: um dia jogando na Polônia, no outro em Santos, no outro no Rio em show da Claudia Leitte, com a nova namorada atriz global. Para no domingo jogar em Campinas uma partida em que, suspenso, teria um descanso forçado, mas o Santos foi lá no tribunal armar uma liberação para ele jogar. Não sou médico, nem quero cair na questão Neymar-jogador, Neymar-produto. Mas, sem querer ficar de fora de jogo algum e gravando comercial e na balada num ritmo de dar inveja ao Cristiano Ronaldo, Neymar me provocou um calafrio aos 16min do segundo tempo, domingo, me encantando e preocupando. Recebeu uma bola na meia e levou uma trombada por trás. Com ele no chão, o jogo seguiu. Fez cara de dor, levantou-se e recebeu outra bola. Veio outro jogador da Ponte e, depois de um drible, se vingou com outra entrada faltosa, novamente por trás. O juiz parou o lance e distribuiu dois amarelos de uma vez, um para cada falta. Neymar fez cara de dor, levantou-se e se apresentou para receber a bola. Quanto vai durar esse superpoder do Neymar? Dura até julho de 2014 pelo menos? Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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