Bola aérea vira gargalo número 1 do Corinthians

O Corinthians ganhou um problema inesperado a seis jogos da estreia do Mundial de Clubes: a bola aérea.

O time enfrenta o Vasco hoje, no Pacaembu, na primeira partida da série preparatória para o campeonato no Japão. O clube faz sua estreia no dia 12 de dezembro.

E terá de volta seis titulares, alguns que retornam após lesão, como o zagueiro Chicão, e outros após folgas concedidas pelo clube. Tite, antes mesmo de ser instado a falar sobre a preparação do time, deu o recado ao grupo.

"Temos que parar de tomar gol de bola parada. Dos últimos seis [gols], tomamos quatro [de bola parada]. A margem de erro para a preparação do Mundial é pequena", afirmou o treinador, que passou as tardes de quinta e de ontem treinando exaustivamente o posicionamento da zaga em cruzamentos.

Dos 34 gols que o time sofreu neste Brasileiro, oito surgiram a partir de jogada de bola parada. Considerando todos gols de bolas aéreas cruzadas na área, o total chega a 13 tentos sofridos.

A bola parada cruzada é justamente uma das armas do Chelsea, possível adversário do Corinthians na decisão do Mundial do Japão. A vitória sobre o Arsenal, em clássico no fim do mês passado, foi decidida assim.

Até o goleiro Victor Valdés, do Barcelona, que foi eliminado pelo Chelsea nas semifinais da Copa dos Campeões, fez um alerta aos corintianos durante evento realizado em São Paulo, em julho.

"O Chelsea vai usar muito jogadas de bola parada, escanteios e faltas", afirmou.

Não à toa, Cássio, de seu 1,95 m, chama a atenção da torcida por suas saídas do gol -este foi um dos motivos que levaram Tite a escolhê-lo para o lugar de Júlio César, e não Danilo Fernandes, o então segundo goleiro, após a eliminação precoce no Paulista.
"[A bola aérea] preocupa muito, pois sempre somos um time que toma poucos gols, e a gente vem tomando gols na bola aérea. Tem que se preocupar, mas a melhor coisa que pode ser feita nós estamos fazendo, que é treinar", disse Cássio, anteontem.

ERRO ZERO

Tite comparou a fórmula do Mundial à do Campeonato Paulista, que repetirá o regulamento dos anos anteriores: duelos das quartas e semifinais em jogo único, assim como no torneio do Japão.

"Os seis jogos [do Brasileiro] são preparatórios inclusive para essa fórmula de competição. Temos que ser sólidos, tomar poucos gols. [O Mundial] vai se assemelhar à característica do Paulista. Se fosse no meu entender, tanto os duelos do Mundial quando os Paulista, poderiam ter 180 minutos", afirmou.

Ele contou que pretende assistir ao jogo do Chelsea, amanhã, contra o Manchester United. Mas que o foco é a semifinal do Mundial. Para evitar surpresas, foi buscar experiências no Internacional, um de seus ex-clubes.

"Em 2006, [o Inter] foi campeão se mobilizando em treinos e jogos. Em 2010, procurou se administrar de alguma forma e perdeu grande parte dessa intensidade e preparação", disse, referindo-se à eliminação precoce do Inter na semifinal em 2010.

O Vasco ainda sonha com vaga na Libertadores -é o quinto colocado, cinco pontos atrás do São Paulo. Mas recebeu péssima notícia: o zagueiro Dedé, com fratura na fíbula esquerda, só voltará a jogar ano que vem.

NA TV
Corinthians x Vasco
16h20 Band e Globo (menos SP)