Investigação chega ao Napoli e a irmão de capitão do tetra

O escândalo de manipulação de resultados no futebol italiano alcançou ontem o vice-líder da primeira divisão.

A Federação Italiana de Futebol indiciou o Napoli por irregularidades na partida contra a Sampdoria, na rodada final da temporada 2009/10.

O jogo terminou com vitória do clube de Gênova, que graças a esse resultado obteve a classificação para a Copa dos Campeões da Europa.

Segundo relatório publicado pela federação após a investigação, pelo menos três jogadores e um membro da comissão técnica do Napoli teriam cometido delitos.

O então terceiro goleiro do clube, Matteo Gianello, e o auxiliar Silvio Giusti teriam recebido dinheiro para intermediar o negócio e encontrar dentro do elenco atletas propensos a aceitar o suborno.

Os zagueiros Gianluca Grava e Paolo Cannavaro, irmão de Fabio Cannavaro, capitão da seleção tetracampeã mundial em 2006, apesar de terem se recusado a perder, também acabaram sendo indiciados.

A dupla é acusada de ter omitido o conhecimento do esquema e pode ser suspensa na justiça esportiva.

O time, que está a três pontos da Juventus, líder do torneio e que amanhã recebe o Chievo, pela nona rodada, corre risco de ser multado e perder pontos pela presença dos seus atletas no caso.

No total, 13 clubes das três primeiras divisões da Itália iniciaram a atual temporada com pontuação negativa devido a punições decorrentes de armação de placares.

A polícia italiana iniciou em junho do ano passado uma varredura para detectar fraudes esportivas no futebol.

A operação chamada de "Última Aposta" descobriu uma rede de manipulação em prol de apostadores ilegais que levou para a prisão jogadores conhecidos, como Zauri e Doni, capitães de Lazio e Atalanta, respectivamente.

Campeão nacional com a Juventus na temporada passada, o técnico Antonio Conte foi suspenso por dez meses. Jogadores da seleção, como Criscito e Bonucci, foram interrogados pela polícia.

Mais de 110 jogadores já foram punidos pela Justiça desportiva. As investigações não têm data para terminar.

Com as agências de notícias