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Juca Kfouri

Aconteceu de novo

Time grande cai sim.
Até mais de uma vez.
Mas só quando seus cartolas são pequenos

SEGUNDA VEZ em dez anos!

É muito.

Não há o que console o palmeirense, mas não há mais o que fazer.

Aliás, há sim.

Mudar de cima abaixo, de baixo para cima.

Já que nem na hora da agonia as facções se uniram em torno da salvação nesta verdadeira faixa de Gaza que habita o Parque Antarctica, chegou a hora de botar para fora os responsáveis pela nova humilhação.

No voto, não na pancadaria, nem botando fogo em coisa alguma, quebrando ou pichando nada.

Porque 2013 pode ser, apesar de tudo, um ano inesquecível na vida do Palmeiras, seu centésimo ano e em casa nova.

Ser bi da Série B não acrescenta nada, além de mais alguma gozação, embora seja obrigatório buscar esse título.

Mas ser bicampeão da Libertadores pode salvar tudo, pode tornar a segunda divisão brasileira apenas um acidente, um roteiro turístico diferente do habitual, domingos liberados para a família.

Para tanto, no entanto, será preciso que a eleição em janeiro tenha o efeito de uma revolução.

Não pode ser fruto de acordos espúrios, acomodação entre gente que não se dá, que tão logo assuma o poder passe a brigar entre si em lutas fraticidas.

Ou o Palmeiras acorda para uma nova fase em sua existência centenária, ou corre o risco de mais do mesmo, para voltar a sucumbir adiante.

E se uma vez já é muito e duas é demais, três será insuportável, até fatal.

TRIO VERGONHA

Sábado, nesta Folha, o repórter Sérgio Rangel, um dos craques do quinteto vencedor do maior prêmio do jornalismo brasileiro em 2012

(os outros quatro craques ganhadores do Prêmio Esso são Filipe Coutinho, Julio Wiziack, Leandro Colon e Rodrigo Mattos), revelou que a trinca de pernas de pau Ricardo Terra Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero deu um golpe para antecipar a eleição na CBF e protegê-la de eventuais fracassos na bola e na organização da Copa do Mundo no Brasil.

Teixeira e Marin obraram para Nero sucedê-los e garantir o controle da caixa-preta que permanece fechada na entidade, também chamada de Casa Bandida do Futebol.

Que os três ajam assim com a cumplicidade das federações estaduais não surpreende.

Afinal, na mesma reunião que decidiu pelo golpe, a mesada dos cartolas das federações foi aumentada de R$ 30 mil para R$ 50 mil.

Serviu, ao menos, para o deputado Romário não se iludir mais com Marin/Nero.

Mas, e os grandes clubes do país? Aprovam tamanha artimanha? Estão mudos? Que tipo de gato comeu suas línguas?

E Marin ainda chefiará a delegação corintiana no Mundial da Fifa no Japão?

Superstição por garantia de medalha de ouro no bolso? Ou o quê?

Enfim, quem honrará as calças entre os 12 maiores clubes do futebol brasileiro?


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