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Juca Kfouri

Duas conversas

Felipão e Andres Sanchez sinalizavam, cinco anos atrás, o que está acontecendo hoje

CORRIA 2007. A seleção portuguesa acabara de derrotar a brasileira por 2 a 0, em Londres, e conversei longamente por telefone com o técnico Luiz Felipe Scolari, o vitorioso no Emirates sobre o time de Dunga.

Portugal o idolatrava. Perguntei o que ainda faltava fazer depois de conduzir a seleção brasileira ao pentacampeonato e de ter reerguido o futebol de Portugal. A resposta veio franca e sonhadora: "Dirigir a seleção brasileira na Copa no Brasil e encerrar a carreira como técnico".

Depois, em novos contatos, pessoais ou à longa distância, o Big Phill desconversava sobre o assunto. Mas está aí, pronto para realizar o sonho. Difícil que consiga a mesma apoteose atingida na Terra Mãe, que se embandeirou toda, como nunca visto, por ocasião da Euro-2004, quando foi vice-campeã com impressionante apoio popular.

Felipão era assim como se fosse um D. Sebastião que retornava da batalha de Alcácer-Quibir.

Sua volta ao comando da seleção para tentar o hexa não chega a ser o triunfo do sebastianismo, porque não houve um filipismo no Brasil.

O apoio popular existe, é fato, e há motivos para acreditar que ele possa se dar bem em seu pragmatismo, estilo de jogo conservador, jogar para vencer e ponto, em três jogos classificatórios mais quatro em mata-mata.

Seu estilo parece mais afeito à criação de uma nova "Família Scolari" sem o desgaste da relação diária, como em clubes. Carlos Alberto Parreira, outro pragmático, deve ser melhor blindagem até do que foi Antônio Lopes, em 2002.

Resta desejar boa sorte e não ter ilusões quanto ao tipo de futebol que veremos daqui por diante, cascudo, para ganhar. Se der certo, a dupla Marin/Nero fatura. Se não, a dupla Scolari/Parreira que se explique.

Não no Banco do Brasil, mas no da seleção do Brasil.

DINAMITE SANCHEZ

Foi também cinco anos atrás que ouvi, no Maracanã, festa de dez anos do diário "Lance!", de Andres Sanchez, então presidente do Corinthians: "Não é só a CBF que precisa ser implodida. O Clube dos 13 também. Tem muita coisa errada e muita gente se aproveitando".

Quis saber mais, mas mais não ouvi, como é do estilo dele -deixar coisas subentendidas. Em aliança com a CBF, de fato, o Clube dos 13 ele implodiu, sem deixar pedra sobre pedra. Sua missão, agora, é completar o serviço, no papel de representante dos clubes, que tinham e não têm mais sua entidade, por causa dele. É tarefa bem complicada.

Não se negue a Sanchez, porém, uma trajetória fulminante no futebol, depois que passou por cima, ainda, do antigo aliado Alberto Dualib, no Parque São Jorge.

Os resultados do time de futebol alvinegro, o estádio, o faturamento do clube, tudo tem seu dedo. O décimo dedo de Lula, o melhor presidente da história do... Corinthians.


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