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Lúcio Ribeiro

Corinthians campeão mundial

O "azar" que o Santos deu no Mundial de Clubes do ano passado e a "sorte" do Corinthians neste ano

Em uma galáxia não muito distante, tipo os anos 80/90, o gigante Chelsea era meramente um time de bairro de Londres. Poucas décadas e muito dinheiro russo depois, o time, que já foi dirigido por Mourinho e Scolari, parou o imparável Barcelona e virou campeão europeu superando, desfalcado, o tradicionalíssimo Bayern em Munique.

Os feitos heroicos, de maio deste ano, automaticamente transformaram o Chelsea na pedra no caminho do maior sonho do sonho do Corinthians: vencer um Mundial de Clubes após conquistar a Libertadores.

Acontece que, hoje, uns seis meses depois e a nove dias da estreia no Mundial, o Chelsea está afundado em crise, vive briga política interna e com a torcida, tem um rejeitado novo técnico e um time desarrumado. No sábado, lembrou os tempos de bairro e perdeu para o "vizinho" West Ham por 3 a 1, pelo Inglês. Antigamente, um Chelsea x West Ham era quase mais clássico em Londres que Chelsea x Arsenal.

Os números são esquisitos para o Chelsea, dos brasileiros Oscar, Ramires e David Luiz. Foi a primeira vez em nove anos que o West Ham derrota o rival, que não ganha um jogo do Inglês há sete rodadas, a pior sequência desde 1995. O "homem-gol" do campeão europeu, Fernando Torres, com o passe dado para o time abrir o placar no sábado, protagonizou seu primeiro envolvimento direto num gol do Chelsea em 11 horas de bola rolando.

Enquanto isso, no momento em que você lê esta coluna, o campeão sul-americano está num avião rumo ao Japão, em busca de sua maior glória. No fim de semana, o Corinthians também perdeu pelo mesmo placar, no "teste para o Mundial" contra um time B do São Paulo. Mas, o que parece ter sido apenas um "alerta" aos corintianos, no caso do Chelsea foi sinal de crise pura.

Agora que o Chelsea parece ter virado uma "galinha morta", o que pode parar o "sonho do sonho" corintiano? O Sanfrecce Hiroshima, time sem muita expressão do Japão a não ser pelo primeiro título nacional deste ano, o que o levou ao Mundial? O Auckland City, da Nova Zelândia, clube semiamador que não tem dez anos de fundação e manda seus jogos num estádio em que cabem 3.000 pessoas? O Corinthians costuma botar, só no tobogã do Pacaembu, três vezes esse número.

O maior ídolo do Auckland é um catalão chamado Manel Exposito, cujo grande feito foi ter estreado no Barcelona no mesmo dia em que um argentino chamado Lionel Messi, em novembro de 2003. Atacante, Exposito não durou muito por lá.

Seria o egípcio Al Ahly, gigante deles mas que nesta temporada só participou da Copa dos Campeões da África porque o Nacional não pôde ser realizado já que o país vem de uma revolução violenta?

Se futebol é momento, o mundo vai ser alvinegro. Só não vai ser se o futebol, além de ser momento, teimar em ser futebol. E aprontar.


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