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Juca Kfouri

Balanço final

Agora que o ano acabou mesmo, dá para fazer todos os ajustes que a bola gosta de mudar

A MELHOR NOTÍCIA do ano para o futebol brasileiro não foi o bicampeonato mundial do Corinthians, mas a queda de Ricardo Teixeira na CBF e no COL. A façanha alvinegra foi a segunda melhor notícia.

A pior notícia do ano para o futebol brasileiro não foi a nova queda do Palmeiras para a segunda divisão do Nacional, mas a ascensão de José Maria Marin na CBF e no COL. O desastre alviverde foi a segunda pior notícia.

O melhor jogador brasileiro do ano não foi o melhor jogador brasileiro em atividade no futebol mundial, porque Neymar, embora tenha brilhado mais que todos os outros, não conquistou em 2012 o que dele sempre se espera. Ao contrário, Ronaldinho Gaúcho não só se recuperou para o futebol como liderou o Galo em campanha memorável.

O melhor goleiro do ano não foi o melhor goleiro do Brasileirão, Diego Cavalieri, fartamente responsável pelo tetra do Fluminense.

Não tão decisivo como ele ao longo da temporada, Cássio decidiu a Libertadores e o Mundial de Clubes para o Corinthians, razão pela qual é o número 1 de 2012, embora seja o número 12 que virou o número 1.

O melhor técnico do Brasileirão, eleito quase por unanimidade, Abel Braga, também não é nem o técnico do ano nem mesmo o melhor do Brasileirão. Melhor que ele no Brasileirão, porque com um desafio maior, foi Cuca, no comando do Galo. E superior a todos na temporada foi Tite, porque além dos dois maiores títulos que ajudou a conquistar para o time do ano no futebol mundial, implantou um jeito de jogar ao qual não estávamos acostumados por aqui e que cabe perfeitamente no padrão de exigência da Fiel, pois exige abnegação e causa sofrimento.

Desnecessário repetir que o maior time do ano não é o melhor time do ano, já que este mora na Catalunha e tem, também, o craque da temporada, nascido na Argentina e de nome Lionel Messi.

A revelação brasileira do ano poderia ter sido Romarinho, quase foi, mas acabou sendo mesmo Bernard, que, tomara, o Galo mantenha.

E o gol mais importante do ano?

Na ponta da língua está o de Romarinho contra o Boca Juniors, na Bombonera. Mas está também o primeiro de Emerson Sheik, contra o mesmo Boca, no Pacaembu. Como não mencionar o de Guerrero contra o Chelsea, em Yokohama?

Sem o de Romarinho haveria o, ou os, de Emerson? E sem esses aconteceria o, ou os, do peruano?

Bem, por aí, entram na lista o gol de Paulinho contra o Vasco, o de Emerson contra o Santos, na Vila, o de Danilo...

Mas não serão os gols de Peralta, os que valeram o ouro olímpico inédito ao México, os mais importantes de 2012? O que vale mais: o ouro olímpico ou o Mundial de Clubes?

A resposta é sua, caro leitor, de fato, o mais importante deste e de todos os anos.


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