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Juca Kfouri

Romário roeu o roto

Às vésperas de um 11/11/11, o ex-11 tirou cartolas da paz em que vivem cinicamente

ROMÁRIO ROEU a roupa, a fatiota e a hipocrisia de dois dos reis rotos da cartolagem no mundo e no país -o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira.
O deputado Romário (PSB-RJ), ainda nervoso e tímido no enfrentamento das sabotagens de seus colegas de parlamento, porque é mais fácil fugir das botinadas de um zagueiro raçudo que dos ardis de um Renan Filho -sabe-se do que e de quem-, do PMDB das Alagoas e presidente da Comissão Especial da Copa do Mundo na Câmara dos Deputados, foi cruel nas perguntas que fez.
E deixou nus os cartolas que não têm mesmo como responder às perguntas que ouviram, aquelas que a sociedade gostaria de poder fazer, por mais que nem sempre recebam o devido destaque na imprensa brasileira, ao contrário da internacional.
Porque é legítimo que um representante do povo queira saber se um cartola com as responsabilidades de Teixeira renunciará a elas se a Justiça suíça publicar documento onde conste a confissão por ter recebido propinas da ISL, a gigante falida de marketing esportivo que era parceira da Fifa.
E que pergunte ao galã dos cartões de crédito Valcke como é ter um aliado dessa importância e sob tamanha suspeita.
Pouco importa neste momento se Romário está ou não aliado da Rede Record.
Importa que ele cumpra o papel para o qual foi eleito, e isso ele está fazendo, como prometera e muita gente, incluindo este que vos escreve, duvidava.
Romário, na verdade, jamais foi um autêntico camisa 11 e nunca fez coro ao politicamente correto, capaz até de dizer que Pelé, calado, é um poeta. Ao que parece, também não será um autêntico deputado brasileiro, mas alguém em quem se pode confiar no Congresso Nacional.

VASCO, 11
A temporada cruzmaltina neste 2011 pode não acrescentar mais nenhuma vitória nos cinco jogos que restam no Brasileirão e nos dois ou quatro da Copa Sul-Americana. Mesmo assim, este grupo vascaíno terá trazido de volta a velha magia da Nau do Almirante, protegida por uma força estranha chamada Ricardo Gomes, fora de campo, e Juninho Pernambucano, dentro.
Por mais que também desperte admiração a capacidade de reagir do Fluminense, o Vasco parece ser o time que todos querem ver ser campeão caso o do coração não levante ou não possa levantar a taça.

blogdojuca@uol.com.br

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