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Seleção feminina perde supremacia
VÔLEI DE SÃO PAULO Acostumado a conduzir suas equipes ao pódio, o bicampeão olímpico como técnico José Roberto Guimarães enfrentou uma de suas experiências mais amargas à frente da seleção feminina nesta Copa do Mundo, no Japão. Teve que prorrogar o sonho de classificação para a Olimpíada de Londres-2012 e viu a seleção feminina ficar pela primeira vez sem uma medalha na Copa desde 1991. A equipe brasileira até venceu a República Dominicana ontem por 3 sets a 0 (25/21, 25/10 e 25/17), em sua última partida no torneio, mas encerrou sua participação em um modesto quinto lugar. Levando em consideração só a era Zé Roberto, que se iniciou em 2003, a campanha também foi desastrosa. Ao lado do Grand Prix de 2007, esta foi a pior colocação obtida pela seleção feminina em um torneio com o técnico. Com Zé Roberto, a equipe ficou sem medalhas só em 15% dos torneios disputados. Nos últimos quatro anos, permaneceu incólume na primeira posição do ranking, mas a supremacia chegou ao fim com o desempenho irregular na Copa do Mundo. Vice-campeã, a seleção dos EUA superou o Brasil na lista feminina e é a nova líder. O treinador brasileiro evitou fazer críticas duras à campanha de sua equipe. Atribuiu a queda de rendimento ao crescimento das rivais. "Não diria que o desempenho foi ruim, e sim regular. Algumas equipes evoluíram, como é o caso da China, da Alemanha e da Itália, que não foram bem no Grand Prix. O Japão jogou melhor em casa. A Sérvia também me chamou muito a atenção", disse. "O nível do feminino está muito equilibrado. Os próximos Jogos Olímpicos prometem ser os mais equilibrados dos últimos anos, mas vejo os EUA um pouco à frente das outras equipes", completou. Zé Roberto lembrou também das dificuldades enfrentadas pela equipe devido à ausência de três jogadoras lesionadas -Natália, Jaqueline e Fernanda Garay. E voltou a criticar duramente o sistema de pontuação da Copa, o mesmo que será usado pela primeira vez na próxima edição da Superliga. Até 2010, vitórias em torneios internacionais valiam dois pontos, e derrotas, um. A partir deste ano, as vitórias por 3 sets a 0 e 3 a 1 valem três pontos. Em caso de 3 sets a 2, o vencedor ganha dois pontos, e o perdedor, um. Nos dois sistemas, o Brasil encerraria a Copa em quinto. "Você tem que ser Einstein para entender o sistema de pontos. Deveria ser claro, como no futebol", declarou. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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