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Juca Kfouri

Jogo de nove Copas

O amistoso de hoje entre brasileiros e italianos deveria comover mais do que comove

OS PRIMEIROS pentacampeões mundiais contra os segundos tetracampeões.

Protagonistas de duas finais de Copas do Mundo, em 1970 e em 1994, ambas na América do Norte, no México e nos Estados Unidos, as duas com vitórias brasileiras, a primeira categórica, por 4 a 1, no estádio Azteca, a segunda chocha, aos pênaltis, depois de escaldantes 120 minutos de futebol sem graça e sem gols, em Los Angeles, no Rose Bowl.

Trocaria esta vitória, que valeu à seleção a primazia do primeiro tetra, pelo revés, por 3 a 2, de 12 anos antes, em Barcelona, no Sarriá, embora pela segunda fase, porque o time de 1982 merecia o pioneirismo.

Além de duas decisões de título, Brasil e Itália também decidiram o terceiro lugar, em 1978, na Argentina, a mais triste e sombria das Copas, sob a ditadura do monstruoso Rafael Videla, hoje condenado à prisão perpétua. Acabou 2 a 1 para os invictos e "campeões morais" brasileiros daquela Copa tenebrosa dentro e fora de campo.

Há ainda um quinto jogo entre as seleções valendo Copa do Mundo, na verdade o primeiro dos embates, na Copa de 1938, na França, vitória italiana pelos mesmos 2 a 1.

Pela Copa das Confederações jogaram uma vez, em 2009, na África do Sul, 3 a 0 para o Brasil.

Sobram nove amistosos, com cinco vitórias nacionais e um empate. As três vitórias italianas foram na Itália, ao passo que as brasileiras foram três em casa e duas na bota.

Em resumo, o Brasil venceu oito jogos e perdeu cinco em 15.

Mas, e hoje, em Genebra, na gelada Suíça?

O que para Mano Menezes seria um sentido desfalque, a ausência de Paulinho, talvez seja um alívio para Luiz Felipe Scolari -como é para os corintianos que preferem vê-lo descansando antes de ir para a altitude de Bogotá enfrentar o Millonarios, pela Libertadores.

Sem ele, Felipão poderia ser mais Felipão, ainda mais depois que perdeu, também, Ramires. Sobraram três volantes volantes, Luiz Gustavo, do Bayern de Munique, Jean, do Fluminense, e Fernando, do Grêmio -além de Hernanes, da Lazio, com repertório mais parecido com o dos que foram cortados, e de David Luiz.

Ao que parece, Felipão escalará Hernanes com Fernando e Oscar, mais três atacantes.

Seja qual for a escolha do técnico, é nítido que o torcedor brasileiro anda comemorando quando seus ídolos ficam fora da seleção. O do Galo, por mais que estranhe as ausências de Réver, Ronaldinho e Bernard (que é melhor que o bom Osvaldo, do São Paulo), agradece vê-los poupados.

Porque por mais atraente que possa ser o clássico ao pé dos Alpes, e é pela tradição que o envolve, o torcedor brasileiro não se mobiliza em função dele, parece mais preocupado em querer ver os pés de seus craques resguardados para os jogos dos clubes.


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