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Depois de prometer deixar confederação, cartola é lançado por federações para novo mandato
Teixeira sela acordo para ficar mais 4 anos na CBF
SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS
Depois de ser investigado por
duas CPIs e mesmo com o caixa
da entidade no vermelho, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, selou ontem a sua reeleição
para mais quatro anos.
Logo após apresentar as contas
da entidade, ele ganhou o apoio
de 25 dos 27 presidentes de federações para se manter no cargo
até o final de 2007.
"Nós intimamos o Ricardo Teixeira a continuar. Ele está fazendo
uma boa administração. Isso não
se pode discutir", disse Eduardo
Viana, presidente da Federação
de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, um dos articuladores do
movimento pró-Teixeira.
Apesar do acordo selado nos
bastidores, a eleição só será realizada no segundo semestre, provavelmente em julho. Com o apoio
dos filiados, Teixeira já conta com
25 dos 51 votos do colégio eleitoral. Além das federações, os 24
clubes que disputarão a Série A do
Brasileiro-2003 terão direito a voto. No mínimo, dez clubes vão
apoiá-lo, de acordo com Viana.
Apenas os presidentes das federações de São Paulo e Pernambuco não assinaram o acordo.
Mesmo com a vitória garantida,
o dirigente preferiu manter silêncio ontem. No cargo desde 1989, o
presidente da CBF declarou, por
meio de sua assessoria, que nada
tinha a dizer sobre o assunto, mas
a Folha apurou que ele irá tentar
nova reeleição. Até a semana passada, Teixeira garantia que deixaria o cargo no final do seu mandato, que terminará neste ano.
Caso Teixeira seja reeleito, será
o dirigente que por mais tempo
comandou a CBF. Ficará, no mínimo, 18 anos no cargo e vai superar o dirigente que o levou para o
futebol -o ex-presidente da Fifa
João Havelange, seu ex-sogro, que
dirigiu a CBF de 1958 a 1974.
Segundo Viana, a decisão de
Teixeira é uma "reação do futebol
ao poder público".
Com a manifestação de ontem
em favor da permanência da era
Teixeira, os dirigentes inviabilizaram a candidatura de Carlos Alberto de Oliveira, da Federação
Pernambucana. Para homologar
sua candidatura, Oliveira precisaria ter pelo menos o apoio de cinco federações. A homologação
das chapas tem que ser feita 15
dias antes do pleito.
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