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São Paulo, sábado, 01 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Rogério teme que Botafogo também force hoje o lado direito da equipe

Lateral corintiano tenta evitar ser mapa da mina

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os dribles de Robinho em cima de Rogério na final do último Brasileiro viraram uma receita de sucesso a ser seguida pelos adversários do Corinthians no Paulista.
Temerosos que a estratégia se repita hoje, contra o Botafogo, às 18h, em Ribeirão Preto, os jogadores corintianos prometem ser solidários ao colega na marcação.
Depois de ser humilhado por Robinho, Rogério voltou a sofrer com a habilidade de um jovem jogador no empate em 1 a 1 com a Lusa, na quarta-feira, no segundo jogo da equipe após perder a decisão do Nacional-02.
Rafinha, 19, que entrou no segundo tempo, afirmou ter sido orientado pelo técnico Flávio Lopes a explorar o setor de Rogério. Ele foi o principal responsável pela melhora da Lusa, que conseguiu chegar ao empate.
Rogério reclamou dos companheiros no Pacaembu e é o mais preocupado em evitar que o lado direito corintiano vire de vez o mapa da mina para os rivais.
"Isso pode acontecer, então temos que corrigir os erros o mais rápido possível", disse o lateral.
Segundo ele, os meio-campistas e até os atacantes do time precisam ajudar mais na marcação.
"O Rogério está certo, mas nós também precisamos de ajuda no ataque", respondeu Gil.
O lateral reclamou que, diante de Robinho e de Rafinha, não havia nenhum companheiro para fazer a cobertura, no caso de ele ser driblado. Por isso, fez um pênalti contra os santistas e cometeu duas faltas no jogador da Lusa.
"Na maioria dos jogos do ano passado, todo o time ajudou na marcação. Agora isso não está acontecendo", reclamou.
A preocupação do lateral foi levada aos demais jogadores por Geninho. "Expliquei a eles, antes do treino, que não dá para um volante querer atacar junto com um lateral, como aconteceu no último jogo", afirmou o treinador.
O lado direito tem sido menos eficiente que o esquerdo na marcação. A média de Rogério nos dois primeiros jogos do Estadual é de 8,5 desarmes, segundo o Datafolha. Pela esquerda, Kléber desarma os rivais 9,5 vezes.
Kléber também tem uma ajuda melhor na marcação. Gil, o atacante que atua pela esquerda, tem média de quatro desarmes. A marca de Deivid, que vinha jogando pelo lado direito, mas foi negociado com o Cruzeiro, é de 2,5 bolas roubadas.
Rogério teme ser massacrado pela torcida por causa da insistência dos rivais em atacar pelo lado direito corintiano. "Isso preocupa. Se está havendo cobrança da torcida, é porque tem algo errado, que precisa ser corrigido."


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