DA REPORTAGEM LOCAL

Mais até do que o mercado europeu é o asiático que o Real quer dominar. Não por menos o clube preparou uma versão de seu site oficial em chinês, coreano e japonês, lançou uniformes especiais para serem vendidos na região e implantou um programa de sócios-torcedores para fãs da Ásia.
A apresentação dos principais jogadores contratados pelo Real nos últimos três anos foi feita em horário favorável aos asiáticos -marcada sempre em horário nobre do Japão ou da Coréia.
Para conseguir mais sucesso entre os asiáticos -e mais dinheiro, naturalmente-, o Real contratou em julho a Asia Sports Development, gigante do marketing esportivo da região.
Com ela, quer difundir ainda mais a imagem de Beckham e cia., tendo associado suas estrelas a restaurantes temáticos e escolinhas de futebol. Um dos motivos para a contratação de Beckham, inclusive, foi a grande popularidade do astro no mercado asiático, especialmente no Japão, onde foi o maior ídolo na Copa de 2002, apesar da eliminação da Inglaterra nas quartas-de-final.
Na América, o Real também tem feito uma série de ações de marketing. Montou dois campos de treinamento no México, fez um reality show de futebol na Argentina, que se tornou sucesso na TV local, e assinou contrato com a Disney e com duas grandes cadeias de loja dos EUA.
A idéia, especialmente com o contrato com a Disney, é vender seus produtos no complexo turístico. Executivos da empresa também têm feito intercâmbio com os do Real, a fim de lhes passar experiência sobre o mundo do entretenimento, onde o time de Madri diz que está inserido.
Outro projeto do Real não está ligado ao futebol nem a suas estrelas. Diz respeito ao basquete.
Muito elogiado por Florentino Pérez, o time do basquete do Real quer entrar na liga que a NBA pretende fazer na Europa. Atualmente, no entanto, a equipe madrilenha não é páreo para o Barcelona, que ganhou a última edição da Euroliga. (JCA)


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