|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Time pega a Ponte Preta em estréia na competição que define rebaixado
No Carnaval da esperança, Lusa dança contra a morte
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em pleno sábado de Carnaval,
12 dos 21 clubes da elite de São
Paulo entram em campo para
praticar a dança da morte.
É o começo do rebolo do Campeonato Paulista 2003, que, a rigor, vai definir um time que perderá o lugar no torneio de elite do
Estado e que terá que disputar a
Série A-2 no próximo ano.
A equipe mais assombrada pelo
fantasma do descenso é a Lusa,
que estréia no "Torneio da Morte" contra a Ponte Preta, às 16h,
no Canindé. Não tem quatro meses, a equipe foi rebaixada para a
segunda divisão do Brasileiro.
A partida contra o time de Campinas acontece horas antes de, no
ginásio do Canindé, ter início
mais um baile do sugestivo "Carnaval da Esperança".
"Nós temos que ganhar da Ponte. Sair na frente logo na primeira
rodada será muito importante.
Depois teremos outra pedreira
pela frente, que é o Paulista, lá em
Jundiaí", disse o atacante Edson
Araújo, se referindo já ao próximo jogo da Lusa no rebolo, na
Quarta-Feira de Cinzas.
"Precisamos tirar o time dessa
situação. A Lusa é muito grande
para cair para a segunda divisão.
Nem estamos pensando nisso",
declarou ontem o lateral Rissut.
O "não estar pensando" de Rissut está embasado em declarações
de diretores do Canindé e até do
técnico Luiz Carlos Martins, que
evitam se referir ao rebolo, ou
"Torneio da Morte", com tais nomenclaturas.
Na Lusa, a fase que se inicia
amanhã é uma "continuação" do
Paulista, que vale também para
"melhorar o retrospecto" do time
na história do torneio.
"Não será uma partida qualquer
[o jogo contra a Ponte Preta]. Será um encontro valendo pelo
Campeonato Paulista", disse o
treinador, ontem.
Mas essa dissimulação não é
compartilhada por todos os jogadores do time do Canindé.
"Nessa fase, temos que jogar o
que ainda não demonstramos",
afirmou o atacante Alex Alves.
"Vamos começar uma nova
campanha para não sermos rebaixados", disse o zagueiro Júnior.
Para o jogo de estréia no "Torneio da Morte", o treinador Luiz
Carlos Martins resolveu realizar,
na véspera, apenas um treino matutino. Logo em seguida, levou os
jogadores para a concentração no
bairro de Santana, na zona norte
da capital, um pouco mais longe
das movimentações carnavalescas do clube e do sambódromo
paulistano, que fica nas imediações do Canindé.
Na fase de classificação, a Lusa
terminou em quarto lugar no
Grupo 3, com oito pontos ganhos
em seis jogos. Já a Ponte Preta, no
Grupo 1, teve a metade dos pontos
e dividiu a última colocação da
chave com o Mogi Mirim.
Dos oito pontos conquistados
pela Lusa, sete vieram nos últimos
três jogos, em que o invicto Luiz
Carlos Martins foi o comandante
do time, em substituição ao demitido Flávio Lopes.
O outro time da capital que encara o rebolo é o Juventus, o grande favorito ao rebaixamento, se
levada em conta sua performance
na primeira fase do Paulista.
A equipe viaja ao interior para
enfrentar o Marília sem ainda ter
conseguido ao menos empatar na
fase de classificação. Foram seis
jogos e seis derrotas.
Texto Anterior: Futebol: Criador do "Big Brother" compra ações de clube Próximo Texto: Saiba mais: Torneio rebaixa um e leva outro à repescagem Índice
|