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Dono da Vila, Muricy batiza Mancini
Treinador do Santos, que tenta o G4, comanda 1º jogo diante de sua torcida contra rival com bom retrospecto na
Baixada
Sem Kléber Pereira, técnico
busca alternativa para bater
o São Paulo, que está 100%
como visitante e invicto com
seu comandante no litoral
CAROLINA ARAÚJO
RICARDO VIEL
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Vila Belmiro, que recebe às
16h o clássico entre Santos e
São Paulo pelo Estadual, é mais
familiar ao visitante Muricy
Ramalho do que ao atual "dono
da casa", Vagner Mancini.
O técnico santista faz hoje
seu batismo no estádio como
comandante do time. Mancini
dirigiu a equipe apenas três vezes -uma delas como mandante, mas no Pacaembu.
Já Muricy Ramalho, como
treinador, sentou-se seis vezes
no banco dos visitantes da Vila.
Perdeu apenas uma, justamente a estreia, com o Internacional. Empatou outras três e venceu duas. A serviço do São Paulo, o retrospecto é ainda melhor: duas vitórias e dois empates -66,7% de aproveitamento.
Além da pressão de, pela primeira vez como treinador,
atuar em um clássico paulista,
Mancini enfrentará uma equipe que tem 100% de aproveitamento neste Estadual jogando
fora de seu domínio.
"Vai ser um jogo muito difícil, mas claro que temos condições de ganhar. Até porque vamos jogar na Vila, e lá é difícil
sermos derrotados", disse o
técnico. "O time está melhorando jogo a jogo", completou.
Para o Santos, que iniciou a
rodada em quinto na tabela de
classificação, o duelo é vital.
Com a derrota da Lusa ontem para o Barueri, um empate
hoje pode levar o time para o
G4. A vitória garante o Santos
entre os quatro melhores.
Pelo lado do São Paulo, a partida é mais um meio do que um
fim. É o jogo que antecede o
diante do colombiano América
de Cali, fora de casa, pela Libertadores, tido no clube como
prioridade após o 1 a 1 no Morumbi contra outro colombiano, o Independiente Medellín.
Terceiro colocado no Estadual, com 23 pontos, e sem risco de perder a posição mesmo
em caso de revés perante o Santos, Muricy deixou um leque de
opções para confundir a cabeça
do comandante santista.
"Contra o Corinthians [jogo
que também antecedeu uma
partida do São Paulo na Libertadores], coloquei os reservas
para confundir o time deles.
Agora, com o Santos, posso fazer isso também. O certo é que
o estado físico dos atletas vai
ser primordial para escalar a
equipe", afirmou Muricy.
Mancini também terá que
contornar a ausência de seu
principal jogador. Kléber Pereira, um dos artilheiros do
Brasileiro-2008, sofreu uma lesão na coxa na quinta-feira, no
2 a 2 contra o Bragantino.
Sem o camisa 9, que marcou
4 dos 14 gols do time no Paulista, Roni, que só balançou a rede
uma vez desde que chegou ao
clube, será seu substituto.
"Nós estamos melhorando,
mas, contra o São Paulo, vai ser
uma grande oportunidade de
mostrar para o torcedor que o
Santos está diferente", comentou o treinador santista, que
também criou suspense sobre a
escalação. "Preciso estudar como o time deles vai jogar."
No São Paulo, a ausência de
Kléber Pereira também entrou
na pauta e despertou comemorações. "Claro que o Kléber Pereira vai fazer falta para o Santos, porque é um goleador. E a
ausência dele vai ser boa para
nós", declarou o volante Jean.
Mas Muricy, na contramão,
descartou qualquer tipo de
vantagem por não ter de enfrentar o goleador. "Eles não
vão ter o Kléber Pereira? Nós
não teremos o Borges [suspenso]. E aí? Está empatado", falou
o treinador logo depois da vitória do time sobre o Oeste (3 a 0).
A tendência na equipe são-
-paulina é a volta ao esquema
com três zagueiros para liberar
os alas. Já Mancini, que durante a semana exibiu preocupação com o setor defensivo, acena com uma formação com três
volantes: Roberto Brum, Rodrigo Souto e Germano.
NA TV - Santos x São Paulo
Globo (para SP) e Band (para SP), ao vivo, às 16h
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