EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, licenciou-se do cargo até ao menos 25 de abril. Nesse período, Roberto Andrade, primeiro vice-presidente do clube, assume o lugar.
A explicação oficial para o afastamento é que ele irá tirar 25 dias de férias. O dirigente, entretanto, alegou problemas particulares.
Coincidência ou não, o dirigente costuma se queixar de estresse desde que assumiu o clube, em 2007.
Andres é conhecido pelo temperamento explosivo e irritadiço, sobretudo quando o clube está em crise. Ao responder questões que o incomodam, não mede palavras. Não raro, usa palavrão e aumenta o tom de voz.
Com 45 anos (jovem para os padrões da cartolagem brasileira), Andres não leva vida saudável. Fumante, consome de três a quatro maços de cigarro em um dia.
No período em que ficará afastado do Corinthians, o dirigente pretende corrigir isso antes de sofrer maiores consequências com relação à sua saúde. O cartola manifestou a amigos a vontade de parar de fumar definitivamente e deve passar por um check-up médico geral.
Roberto Andrade afirmou não pretender usar seu tempo de interinidade no cargo para fazer grandes mudanças. "Já conversamos ontem [anteontem], o Andres e eu. A única coisa que muda são as assinaturas. Tudo o que a gente faz é discutido, como um colegiado", comentou à Folha Andrade, que já se considera no desempenho da função desde o momento em que foi avisado por Andres do afastamento.
Andres não é o primeiro dirigente corintiano integrante da atual administração a pedir licença do cargo.
No começo do ano, Mário Gobbi, diretor de futebol, também ficou afastado de suas funções por quase um mês. A alegação de férias também foi usada para explicar o período dele fora.


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