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FUTEBOL
Mesmo perdendo por 2 gols na Copa do Brasil, cada atleta leva R$ 10 mil
Brasiliense tem premiação extra para passar à decisão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
E DA AGÊNCIA FOLHA EM BELO HORIZONTE
Além da vantagem de poder
perder, em casa, por até dois gols
de diferença do Atlético-MG, os
jogadores do Brasiliense terão hoje um estímulo a mais para levar o
time à final da Copa do Brasil.
O ex-senador Luiz Estevão, presidente e dono do clube do Distrito Federal, resolveu aumentar a
premiação pela classificação de
R$ 8.000 para R$ 10 mil para cada
jogador. No primeiro jogo da semifinal, em Belo Horizonte, o
Brasiliense venceu por 3 a 0.
Estevão, que teve o mandato
cassado por acusações de suposto
envolvimento no desvio de verbas
da obra do Tribunal Regional do
Trabalho de São Paulo, patrocina
o time com verba de suas empresas, que fazem parte do Grupo
OK. Ele assiste a todos os treinos,
cobra resultados, mas diz não interferir na escalação da equipe.
Criado há menos de dois anos, o
Brasiliense já foi campeão da segunda divisão do Campeonato do
Distrito Federal e vice da primeira
divisão. Em 2002, por meio de
uma parceria com o Flamengo, a
equipe foi reforçada com seis jogadores do clube carioca, entre
eles Jackson e Lê.
Caso se classifique hoje, o Brasiliense será o primeiro time do
Distrito Federal a disputar uma final da Copa do Brasil. Será também a primeira equipe da terceira
divisão a chegar à decisão de um
torneio de elite no país.
O título da Copa do Brasil dá
uma vaga na Taça Libertadores.
De acordo com as estatísticas, a
classificação do Atlético-MG não
será fácil. O Brasiliense tem a defesa menos vazada entre os semifinalistas da Copa do Brasil -levou cinco gols em nove partidas,
contra 15 do Atlético e nove de
São Paulo e Corinthians.
Em nenhum jogo do torneio o
time perdeu por mais de dois gols.
Apesar do retrospecto favorável, o treinador Péricles Chamusca afirmou que "vamos atacar como time grande e nos defender
como time pequeno".
Além de ter de derrotar o Brasiliense hoje por quatro gols de diferença -se vencer por três gols,
a decisão será nos pênaltis-, o
Atlético-MG terá de superar o
trauma de ter sido eliminado, no
último domingo, da Copa Sul-Minas, justamente na semifinal.
Com o agravante de ter sido diante do Cruzeiro, seu arqui-rival.
Uma derrocada hoje significará
dois fracassos em semifinais em
uma mesma semana, fato inédito
na história do clube mineiro.
Somente no Brasileiro, a partir
de 1971, o Atlético-MG chegou 14
vezes às semifinais. Só passou por
essa barreira quatro vezes. A última eliminação foi no ano passado, contra o São Caetano.
Na Copa do Brasil, é a segunda
vez que o clube chega à semifinal.
Em 2000, foi eliminado pelo São
Paulo, que era treinado por Levir
Culpi, hoje no comando do time.
A dificuldade para mudar o resultado na partida de hoje é reconhecida por todos.
"Temos de jogar tudo o que sabemos e mais um pouco. Temos
de ter espírito de vitória para revertermos essa situação difícil e
complicada que nós criamos",
disse o volante Gilberto Silva.
"Vamos ter de começar a atacar
assim que o juiz apitar. Só assim
vamos poder mudar essa situação", disse o atacante Guilherme,
que terá a volta do companheiro
Marques no ataque.
Ao contrário da semana passada, quando o time jogou sem cinco titulares, o Atlético deve entrar
em campo no jogo de hoje quase
completo. Levir Culpi não disse se
vai escalar três atacantes.
O meia Rodrigo ainda será avaliado. O goleiro Velloso está afastado por oito meses devido a um
problema no tendão do ombro.
Ele foi operado ontem.
NA TV - Sportv (canal local),
ao vivo, às 21h45
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