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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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Seleção já se queixa do próximo compromisso

DO ENVIADO A GUADALAJARA

Para a seleção brasileira, a Copa das Confederações, segundo torneio mundial mais importante para profissionais organizado pela Fifa, virou um mico.
A competição, que neste ano acontece em junho, na França, é motivo de queixas para a comissão técnica capitaneada por Carlos Alberto Parreira e jogadores.
Faltando menos de dois meses para o início da Copa das Confederações, os planos da comissão técnica para a competição ainda não foram traçados.
Ainda não está definida, por exemplo, a data de embarque para a França. Se um amistoso na Europa não for arrumado, a chegada será em cima da hora.
"Talvez vamos chegar três dias antes e atuar nos dias 19, 21 e 23. Só vamos jogar, não vamos treinar", lamenta Parreira, que ataca a realização da competição feita pela Fifa nessa época do ano.
"É uma coisa esdrúxula. É final de temporada, os jogadores que atuam na Europa estão esgotados", afirma o treinador.
Com o pequeno intervalo de cada partida, os participantes na edição francesa terão que fazer constantes deslocamentos, já que os confrontos serão realizados em cidades diferentes, em viagens de até 500 km de distância.
Outras seleções abriram mão de jogar a Copa das Confederações. É o caso, por exemplo, da vice-campeã mundial Alemanha, que viu pouca vantagens esportivas e financeiras e preferiu não mexer na folga de seus jogadores.
Além de resolver os problemas de logística, Parreira terá que desafiar uma série de problemas com os jogadores do país.
"Vai ser ruim, pois terei de interromper minhas férias", afirma o volante Gilberto Silva, que irá encerrar sua temporada na segunda quinzena de maio.
Ronaldo e Roberto Carlos, que ainda estarão jogando pelo Real Madrid, estão fora dos planos.
O calendário do futebol brasileiro também pode desfalcar o time nacional. No mesmo período da competição da Fifa serão decididas a Copa do Brasil e a Libertadores. Assim, jogadores como Kaká, Robinho, Diego e Anderson Polga também correm o risco de não ir à França em junho.
Copa das Confederações e Brasil parecem não combinar mesmo. Até quando o país venceu a competição, em 1997, na Arábia Saudita, problemas apareceram.
Naquela ocasião, um grupo de jogadores raspou, à força, o cabelo de outros, causando uma ruptura entre os convocados.
Em 1999, no México, o país foi derrotado pelos donos da casa.
Wanderley Luxemburgo, no comando da equipe, foi muito criticado por ter montado um time, na decisão, com um meio-campo defensivo -Vampeta, Emerson, Beto e Zé Roberto.
Mas foi em 2001 que a Copa das Confederações tomou cara de pesadelo. O então técnico Emerson Leão levou um time modesto para a Coréia do Sul e o Japão. Eliminado nas semifinais, acabou demitido ainda no aeroporto, antes do embarque de volta ao Brasil. (PC)


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