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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003

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BASQUETE

Sem Janeth e Erika, clube perdeu todas suas partidas pelo Estadual

Campeão brasileiro, Guaru agoniza na lanterna em SP

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo-Guaru foi do céu ao inferno em apenas três meses.
O time conquistou seu primeiro título do Nacional feminino em janeiro, ao bater o Americana no mata-mata final, por 3 a 0.
No Paulista-2003, porém, o clube ocupa o último lugar, com sete derrotas. A equipe conta com o segundo pior ataque (média de 66,7 pontos por partida) e a defesa mais vazada do Estadual (79,5 pontos por confronto).
"Não sabemos o que aconteceu. Não esperávamos um desempenho tão ruim", diz Marcos Vilela, diretor de basquete do São Paulo.
Após o Nacional, o clube perdeu suas duas estrelas, Janeth e Erika, que irão disputar a temporada da WNBA. A ala irá defender o Houston, e a pivô atuará pelo Los Angeles, atual bicampeão da liga.
"A saída delas trouxe uma queda no nível técnico do time. Isso pesa. Levará algum tempo para obtermos a recuperação", analisa Ulisses Pinto, chefe da divisão técnica de esportes do Guaru.
Para amenizar o problema, as diretorias do Guaru e do São Paulo se reuniram ontem. Ficou acordado que os trabalhos para melhorar a condição psicológica das atletas serão privilegiados. Nenhuma dispensa foi anunciada.
"Vamos avaliar bem o custo-benefício para não cometermos injustiças", afirma Ulisses Pinto, que garantiu que o técnico Alexandre Cato não está ameaçado. "Ele vem fazendo um bom trabalho e não é culpado por isso."
Imerso em problemas após as saídas de Janeth e Erika, o time também não tem contado com a sorte. O clube está desfalcado da ala-pivô Simone Pontello e da pivô Ana Lúcia. Pontello sofreu uma distensão muscular na perna direita e jogou pouco neste Paulista -ainda deve voltar ao time.
O caso de Ana Lúcia, que teve uma lesão no tornozelo, é mais grave. Ela terá que passar por uma cirurgia e está fora do Estadual.
A queda do São Paulo-Guaru pode ser medida pelas estatísticas, com a saída Janeth e Erika sendo determinantes para a perda de produtividade. A ala foi a cestinha do Nacional-2002, com média de 23,9 pontos por jogo, e a líder nas assistências (4,4 por partida). Erika foi a terceira melhor reboteira do torneio (12 rebotes por jogo).
Os destaques do time no Paulista ostentam números modestos.
A armadora Karla é a terceira cestinha do Estadual, com média de 17,6 pontos por jogo. É a única que se sobressai. Ana Lúcia é a 12ª nos rebotes (5,5 por jogo). E a armadora Sandra é a décima nas assistências (2,9 por partida).
O único ponto da saída das estrelas foi a redução dos custos. Sem Janeth e Erika, os parceiros gastam menos de R$ 50 mil mensais -uma queda de 50% em relação ao Nacional. Esse valor será alterado no segundo semestre. "Para o próximo Nacional, a equipe será modificada. Queremos disputar o título", diz Vilela.


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