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BASQUETE
Sem Janeth e Erika, clube perdeu todas suas partidas pelo Estadual
Campeão brasileiro, Guaru agoniza na lanterna em SP
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo-Guaru foi do céu ao
inferno em apenas três meses.
O time conquistou seu primeiro
título do Nacional feminino em
janeiro, ao bater o Americana no
mata-mata final, por 3 a 0.
No Paulista-2003, porém, o clube ocupa o último lugar, com sete
derrotas. A equipe conta com o
segundo pior ataque (média de
66,7 pontos por partida) e a defesa
mais vazada do Estadual (79,5
pontos por confronto).
"Não sabemos o que aconteceu.
Não esperávamos um desempenho tão ruim", diz Marcos Vilela,
diretor de basquete do São Paulo.
Após o Nacional, o clube perdeu
suas duas estrelas, Janeth e Erika,
que irão disputar a temporada da
WNBA. A ala irá defender o
Houston, e a pivô atuará pelo Los
Angeles, atual bicampeão da liga.
"A saída delas trouxe uma queda no nível técnico do time. Isso
pesa. Levará algum tempo para
obtermos a recuperação", analisa
Ulisses Pinto, chefe da divisão técnica de esportes do Guaru.
Para amenizar o problema, as
diretorias do Guaru e do São Paulo se reuniram ontem. Ficou acordado que os trabalhos para melhorar a condição psicológica das
atletas serão privilegiados. Nenhuma dispensa foi anunciada.
"Vamos avaliar bem o custo-benefício para não cometermos injustiças", afirma Ulisses Pinto,
que garantiu que o técnico Alexandre Cato não está ameaçado.
"Ele vem fazendo um bom trabalho e não é culpado por isso."
Imerso em problemas após as
saídas de Janeth e Erika, o time
também não tem contado com a
sorte. O clube está desfalcado da
ala-pivô Simone Pontello e da pivô Ana Lúcia. Pontello sofreu
uma distensão muscular na perna
direita e jogou pouco neste Paulista -ainda deve voltar ao time.
O caso de Ana Lúcia, que teve
uma lesão no tornozelo, é mais
grave. Ela terá que passar por uma
cirurgia e está fora do Estadual.
A queda do São Paulo-Guaru
pode ser medida pelas estatísticas,
com a saída Janeth e Erika sendo
determinantes para a perda de
produtividade. A ala foi a cestinha
do Nacional-2002, com média de
23,9 pontos por jogo, e a líder nas
assistências (4,4 por partida). Erika foi a terceira melhor reboteira
do torneio (12 rebotes por jogo).
Os destaques do time no Paulista ostentam números modestos.
A armadora Karla é a terceira
cestinha do Estadual, com média
de 17,6 pontos por jogo. É a única
que se sobressai. Ana Lúcia é a 12ª
nos rebotes (5,5 por jogo). E a armadora Sandra é a décima nas assistências (2,9 por partida).
O único ponto da saída das estrelas foi a redução dos custos.
Sem Janeth e Erika, os parceiros
gastam menos de R$ 50 mil mensais -uma queda de 50% em relação ao Nacional. Esse valor será
alterado no segundo semestre.
"Para o próximo Nacional, a equipe será modificada. Queremos
disputar o título", diz Vilela.
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