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FUTEBOL
Time com melhor média de público no Paulista e na Copa do Brasil pega Botafogo hoje, no Rio, com portões fechados
Rei de público, Corinthians encara o vazio
KLEBER TOMAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Campeão de público no Paulista
e na Copa do Brasil, o Corinthians
vai jogar para ninguém hoje, às
16h, diante do Botafogo, no Rio,
pela segunda rodada do Nacional.
Apesar de ser inaugurado hoje,
o recém-reformado estádio Luso-Brasileiro, da Portuguesa-RJ, terá
seus portões fechados para os torcedores por causa da sanção imposta pelo Superior Tribunal de
Justiça Desportiva ao Botafogo.
O clube carioca foi punido em
virtude de incidentes ocorridos
no estádio Caio Martins, contra o
próprio Corinthians, pelo Brasileiro do ano passado.
Pior para o Botafogo, que desperdiça a chance de pegar carona
no público que a equipe paulista
consegue levar aos estádios, o que
sempre significou uma boa renda.
Para se ter uma idéia do que representa para uma equipe ter o
hoje milionário Corinthians como oponente, basta recorrer aos
números do último Paulista.
Com um elenco de estrelas capitaneado pelo atacante argentino
Carlos Tevez, o Corinthians obteve a melhor média de público do
Estadual, com 20 mil torcedores
por jogo. Na Copa do Brasil, esse
índice é ainda maior: salta para 25
mil pagantes, tanto nos duelos fora quanto nos dentro de casa.
Quem teve muito a agradecer ao
time do Parque São Jorge, apesar
da eliminação da Copa do Brasil,
foi o Cianorte, que lotou o estádio
de Maringá (PR), com 35 mil pessoas, na partida de ida.
Em duas partidas como mandante, o Corinthians também colocou quase esse número de torcedores no Pacaembu, diante do
mesmo Cianorte e contra o Figueirense, ambos confrontos
também pelo torneio nacional.
No empate por 2 a 2 diante do
Juventude, na estréia do clube no
Nacional, os corintianos levaram
quase 18 mil ao Pacaembu.
"Será uma partida atípica. Jogar
futebol sem torcida é como ir para
uma festa e dançar sem música.
Bem triste", compara Daniel Passarella, técnico do Corinthians, já
acostumado à presença maciça
dos fiéis seguidores da equipe.
"Só joguei assim, sem público,
quando era juvenil", diz o meia
corintiano Carlos Alberto.
"É uma pena mesmo. Enfrentar
o Corinthians é sempre sinônimo
de grande público", lamenta Paulo César Gusmão, treinador do
Botafogo, time pelo qual torce José Eduardo Dutra, presidente da
Petrobras, estatal que investiu no
estádio que abriga a partida.
A empresa gastou R$ 3 milhões
dos R$ 5 milhões usados para aumentar a capacidade do Luso-Brasileiro. A arena tem capacidade para 30 mil torcedores, com arquibancadas tubulares.
Com o Maracanã fechado para
reforma, o Luso-Brasileiro abrigará neste Nacional jogos do Botafogo e do Flamengo, clube patrocinado pela Petrobras.
Colaborou Paulo Cobos, da
Reportagem Local
NA TV - Globo (para SP) e
Record, ao vivo, às 16h
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