São Paulo, domingo, 01 de maio de 2005

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FUTEBOL

Time com melhor média de público no Paulista e na Copa do Brasil pega Botafogo hoje, no Rio, com portões fechados

Rei de público, Corinthians encara o vazio

KLEBER TOMAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Campeão de público no Paulista e na Copa do Brasil, o Corinthians vai jogar para ninguém hoje, às 16h, diante do Botafogo, no Rio, pela segunda rodada do Nacional.
Apesar de ser inaugurado hoje, o recém-reformado estádio Luso-Brasileiro, da Portuguesa-RJ, terá seus portões fechados para os torcedores por causa da sanção imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva ao Botafogo.
O clube carioca foi punido em virtude de incidentes ocorridos no estádio Caio Martins, contra o próprio Corinthians, pelo Brasileiro do ano passado.
Pior para o Botafogo, que desperdiça a chance de pegar carona no público que a equipe paulista consegue levar aos estádios, o que sempre significou uma boa renda.
Para se ter uma idéia do que representa para uma equipe ter o hoje milionário Corinthians como oponente, basta recorrer aos números do último Paulista.
Com um elenco de estrelas capitaneado pelo atacante argentino Carlos Tevez, o Corinthians obteve a melhor média de público do Estadual, com 20 mil torcedores por jogo. Na Copa do Brasil, esse índice é ainda maior: salta para 25 mil pagantes, tanto nos duelos fora quanto nos dentro de casa.
Quem teve muito a agradecer ao time do Parque São Jorge, apesar da eliminação da Copa do Brasil, foi o Cianorte, que lotou o estádio de Maringá (PR), com 35 mil pessoas, na partida de ida.
Em duas partidas como mandante, o Corinthians também colocou quase esse número de torcedores no Pacaembu, diante do mesmo Cianorte e contra o Figueirense, ambos confrontos também pelo torneio nacional.
No empate por 2 a 2 diante do Juventude, na estréia do clube no Nacional, os corintianos levaram quase 18 mil ao Pacaembu.
"Será uma partida atípica. Jogar futebol sem torcida é como ir para uma festa e dançar sem música. Bem triste", compara Daniel Passarella, técnico do Corinthians, já acostumado à presença maciça dos fiéis seguidores da equipe.
"Só joguei assim, sem público, quando era juvenil", diz o meia corintiano Carlos Alberto.
"É uma pena mesmo. Enfrentar o Corinthians é sempre sinônimo de grande público", lamenta Paulo César Gusmão, treinador do Botafogo, time pelo qual torce José Eduardo Dutra, presidente da Petrobras, estatal que investiu no estádio que abriga a partida.
A empresa gastou R$ 3 milhões dos R$ 5 milhões usados para aumentar a capacidade do Luso-Brasileiro. A arena tem capacidade para 30 mil torcedores, com arquibancadas tubulares.
Com o Maracanã fechado para reforma, o Luso-Brasileiro abrigará neste Nacional jogos do Botafogo e do Flamengo, clube patrocinado pela Petrobras.


Colaborou Paulo Cobos, da Reportagem Local

NA TV - Globo (para SP) e Record, ao vivo, às 16h


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