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FUTEBOL
Evaristo agride membro da Gaviões que invadiu vestiário, após a derrota para o Juventude, na Copa do Brasil
Eliminação acirra a crise no Corinthians
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Reportagem Local
O Corinthians foi eliminado ontem da Copa do Brasil pelo Juventude, no estádio do Pacaembu, ao
ser derrotado por 1 a 0. Na terça, já
havia perdido o jogo de ida por 2 a
0. Com o resultado, dos paulistas,
só o Palmeiras obteve vaga para as
quartas-de-final do torneio.
Mas, para o Corinthians, pior do
que a eliminação é o clima conturbado que vive o clube nos dias que
antecedem o jogo pela Libertadores, na quarta-feira, justamente
contra o Palmeiras.
O próprio técnico Evaristo de
Macedo pode deixar o time antes
mesmo da partida no Morumbi.
Após o jogo, membros da torcida
organizada Gaviões da Fiel invadiram o vestiário do time para tirar
satisfação com o treinador. Irritado, Evaristo agrediu com um soco
em um deles.
O técnico também tem sido criticado pela diretoria do clube. Um
dos motivos é a suspenso imposta
pela Fifa por não ter pago dívida a
um clube do Qatar, não podendo
ficar nem no banco de reservas.
Na terça, em Caxias do Sul, conseguiu liminar na Justiça comum,
mas o departamento jurídico do
Corinthians, com medo de punição por parte da entidade que comanda o futebol mundial, vetou a
sua presença em campo.
Anteontem, Evaristo disse que
pagaria a dívida -só "o que é justo, não os US$ 57 mil que eles estão
cobrando"-, mas não apresentou
até ontem à noite a documentação
que o garantiria ficar no banco.
Com isso, assistiu ao primeiro
tempo das tribunas, mas, na etapa
final, ficou num canto da arquibancada, normalmente reservado
para torcedores do time visitante,
cercado por seguranças.
Oswaldo de Oliveira, auxiliar-técnico, ficou no banco. No primeiro tempo, recebeu algumas
instruções de Evaristo. No segundo, recebeu apenas no momento
de fazer duas alterações, quando
colocou Ricardinho e Mirandinha
e tirou Pingo e Fernando.
Na primeira etapa, o Corinthians, que entrou em campo com
quatro jogadores no ataque
-Marcelinho, Edílson, Fernando
e Dinei-, além de contar com
Amaral improvisado na lateral direita, foi surpreendido logo aos
11min, quando Márcio, de cabeça,
marcou para o Juventude.
O gol tornou a situação do Corinthians dramática, obrigando a
equipe a marcar pelo menos quatro gols para ir às quartas-de-final.
Empurrados pela torcida, os
paulistas lançaram-se ao ataque,
mas perderam várias oportunidades de gol, em chutes de Dinei, aos
15min e aos 17min, ou em cobranças de falta de Marcelinho, aos
28min e aos 38min.
No melhor lance corintiano na
primeira etapa, quando o goleiro
Emerson ia colocar a bola em jogo,
aos 16min, Edílson interceptou o
lance e marcou o gol.
O juiz Cláudio Vinícius Cerdeira,
no entanto, marcou falta.
No segundo tempo, o Corinthians continuou atacando, mas o
fez de forma desorganizada, sem
causar preocupações aos rivais.
No final, vaias e xingamentos para Evaristo, Mirandinha e Nei, que,
perturbado, chegou a pedir para a
torcida gritar mais alto o nome de
Maurício, o goleiro reserva da
equipe corintiana.
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