São Paulo, sábado, 01 de junho de 2002

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GRUPO E/ HOJE

Equipe estréia e se preocupa com a falta de gols

Alemanha procura artilheiro na Copa

DA REPORTAGEM LOCAL

Embora seu campeonato conte com alguns dos maiores artilheiros do continente europeu, os alemães estréiam hoje na Copa-2002, contra a Arábia Saudita (às 8h30, em Sapporo, no Japão), à procura de um artilheiro que possa conduzi-los às fases finais do torneio na Ásia.
Segunda seleção com mais gols em Copas, com 162 tentos -batida só pelo Brasil (173)-, a Alemanha do técnico e ex-centroavante Rudi Voeller terá no comando de seu ataque um atleta que não marcou nenhum gol na última temporada alemã: Jancker, do Bayern de Munique.
Atravessando grave crise desde a desclassificação na primeira fase da Eurocopa de 2000 -em que marcou apenas um gol-, a Alemanha sofre as consequências da presença de inúmeros atacantes estrangeiros em seu campeonato.
Entre os cinco primeiros colocados no último Alemão, só o vice-campeão, o Bayer Leverkusen, tem como goleador um atleta local, o meia-atacante Ballack.
Dois jogadores "esquecidos" pelo técnico Luiz Felipe Scolari foram os artilheiros de tradicionais equipes alemãs: Amoroso (do campeão Borussia Dortmund) e Élber (do Bayern de Munique, terceiro colocado).
Outro que chegou a ser convocado por Scolari -mas que também caiu no esquecimento- foi o goleador máximo do Hertha Berlim, quarto colocado no Alemão: Marcelinho Paraíba.
Já o dinamarquês Sand foi o artilheiro da equipe do Schalke 04, quinta colocada no torneio.
Ante esse quadro e por conta das contusões que minaram a preparação da equipe para a Copa -como as dos meias ofensivos Deisler e Scholl e as dos zagueiros Woerns e Novotny-, Voeller decidiu apostar na juventude.
Assim, ele deixou de fora um dos artilheiros do Alemão, Max, 33, do 1860 Munique (o outro foi Amoroso), e escalará como titular o atacante Klose, 23, quinto maior goleador do Alemão pelo Kaiserslautern. Também jogará com Bal-lack, 25, que sente uma contusão no pé, para liderar o time.
Com isso, a partida contra a despretensiosa Arábia Saudita ganhou cores de decisão para os alemães. "O primeiro jogo é absolutamente decisivo. Devemos encará-lo como uma final. De forma nenhuma menosprezaremos a Arábia Saudita", declarou Khan, goleiro e estrela da equipe alemã.
"Os sauditas são excelentes. Creio que muita gente os subestime. Eles têm grandes talentos individuais", disse Erich Rutemoeller, olheiro da delegação alemã.
A Arábia, única equipe que só conta com atletas que atuam em território nacional, chega ao Japão sem grandes esperanças, embora seus dirigentes salientem que ela "pode surpreender".
Com apenas duas vitórias em Mundiais e disputando sua terceira Copa -jogaram nos EUA-94 e na França-98-, a seleção saudita é realista. "A Alemanha é muito forte e já tem três títulos mundiais. O time de Camarões foi campeão africano e é forte. A Irlanda conseguiu deixar a Holanda, uma potência mundial, fora da Copa", disse Nasser Al Johar, técnico saudita.


Com agências internacionais

NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, às 8h30

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