São Paulo, domingo, 01 de julho de 2001

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC
Lá como aqui
Se no Brasil a perda de força dos Estaduais é alvo de polêmica, na Europa o que se discute é a diminuição da importância de alguns campeonatos nacionais. Os principais clubes da Holanda, Bélgica, Escócia, Portugal, Dinamarca e Suécia propõem a criação de um torneio entre eles, deixando os nacionais para os de menor expressão.

Mesma teoria
Clubes de segundo escalão do continente, sob a liderança de PSV, Anderlecht, Celtic e Rangers, acham que só jogando entre si podem ter chances de competir com os melhores da Europa. Eles reclamam que os nacionais, exceção feita aos da Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Espanha, perderam a graça, porque se restringem a dois ou três times.

Mais dinheiro
À Folha, Peter Fossen, dirigente do PSV, disse que a realização de uma competição entre os principais times dos seis países integrantes da ELT -sigla em inglês para Projeto de Liga Européia- atrairia mais investimentos e patrocinadores.

Gritaria
Ele reconhece, no entanto, que os clubes de menor poder aquisitivo de Holanda, Bélgica, Escócia, Portugal, Dinamarca e Suécia vão reclamar, como fizeram os do interior de São Paulo com o esvaziamento do Paulista.

Mais gritaria
Fossen acha também que muitos torcedores vão chiar, já que vários gostam das rivalidades locais. Mas insiste que o caminho da integração entre os seis nacionais é a saída para os grandes desses países.

Pra frente Brasil
Pelé não tem poupado elogios a Luiz Felipe Scolari. Para ele, com o novo treinador na seleção, o clima melhorou muito e já ""há cheiro de vitória". Nos tempos de Luxemburgo e Leão, a situação, afirma, era diferente.

Rumo ao penta
O ex-ministro do Esporte vai mais longe. Diz ter certeza da classificação da seleção para o Mundial e aponta o Brasil, ao lado de França e Argentina, como um dos favoritos ao título.

Informal
Na entrevista que deu a Pelé e que vai hoje ao ar pela PSN, Scolari prega a importância de usar agasalho e não terno e gravata no gramado. Diz que é uma forma de se aproximar dos jogadores e da própria torcida.

Meio brasileiro
Em Montevidéu, onde foi para ver o jogo contra o Uruguai, o ex-zagueiro Figueroa, que é chileno, disse que torcerá fervorosamente pelo Brasil. E explicou o porquê, lembrando sua passagem pelo futebol gaúcho: ""Eu me considero um brasileiro".
Capitão mudo
Romário continua com privilégios na seleção. Ontem, enquanto os jogadores participavam da sessão de entrevistas programada pela CBF, Romário, que será capitão hoje, zanzava pelo hotel. A assessoria da CBF alegou que deu uma "colher de chá" ao atacante, pois ele havia "falado muito" em Teresópolis.
Goleiro mudo
Além de Romário, o único que faltou à entrevista foi Dida. Suspenso por um ano pela liga que organiza o Italiano, por uso de passaporte falso, o goleiro está abatido. A alegação dele foi a de estar com a garganta inflamada.

Juiz nômade
O escocês Hugh Dallas, juiz de Brasil x Uruguai, trocou duas vezes de hotel em Montevidéu, para não coincidir com o da seleção e com o de Ricardo Teixeira. Grant também pediu cortes na grama do estádio Centenário, para facilitar o trabalho dos auxiliares, mas não foi atendido.

O doping das raquetes
Na semana passada, o Brasil começou a aplicar um teste em seus mesa-tenistas para saber se estão usando colas irregulares em suas raquetes. Alguns tipos de solventes de cola, que são proibidos pela Federação Internacional da modalidade, dão maior velocidade à bolinha.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
De Eurico Miranda, presidente do Vasco, sobre o zagueiro Júnior Baiano, que tenta se libertar do clube na Justiça, alegando não ter recebido salários:
-Desafio não só ele, mas qualquer jogador, a provar que não pagamos salários em dia. É tudo balela. Eles falam e vocês [imprensa] acreditam.


CONTRA-ATAQUE
Jeitinho feminino

Em Montevidéu, uma repórter de um jornal local aproximou-se de Luiz Felipe Scolari e lhe pediu uma entrevista.
O técnico, que se dizia apressado para tomar um vinho com os amigos, afirmou que poderia trocar umas palavrinhas com a moça, desde que fosse rápido.
Seria, garantiu-lhe a jornalista, afirmando que a entrevista não duraria mais do que ""uns dois minutinhos".
Logo de cara, ela perguntou ao técnico sobre sua família e, em seguida, sobre a presença de mulheres no esporte. Ele respondeu que, com o sexo feminino, o homem tem que demonstrar outro tipo de comportamento, mais polido, mesmo que fosse numa entrevista.
Aproveitando a deixa, a repórter se empolgou e não parou de fazer perguntas a Scolari que, diante de uma mulher, não teve coragem de interromper o questionário. Vinte minutos depois, a entrevista terminou, mas ele ainda teve de se submeter a tirar fotos com a repórter, que usou a camisa do Porto, depois a do Real Madrid e ainda lhe pediu um autógrafo de recordação.



Próximo Texto: Bernardinho resolve a 1ª; hoje problema é de Scolari
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.