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AUTOMOBILISMO
Fábrica francesa supera sua rival pela 1ª vez em treino da F-1
Na França, pneus dão a primeira pole para Ralf
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO A MAGNY-COURS
Pela primeira vez no ano, a Michelin venceu ontem uma batalha
da "guerra dos pneus" em um
treino oficial da F-1. Correndo em
casa, a fábrica colocou sua principal estrela, Ralf Schumacher, na
pole position do GP da França.
Na segunda posição larga seu irmão mais velho, Michael Schumacher. Sua equipe, a Ferrari, usa
os pneus japoneses da Bridgestone, absolutos até ontem.
É a primeira pole position da
carreira de Ralf e a terceira corrida
seguida em que os dois alemães
dividem a ponta do grid.
David Coulthard e Mika Hakkinen, a dupla da McLaren, largam
na segunda fila, seguidos por Jarno Trulli, da Jordan, e Juan Pablo
Montoya, companheiro de Ralf.
Rubens Barrichello sai em oitavo, sua pior posição em um grid
desde o GP da Bélgica de 2000.
A décima etapa do Mundial de
F-1 acontece hoje, a partir das 9h
(horário de Brasília), no autódromo de Magny-Cours, com TV.
"Estou realmente feliz por esta
primeira pole. Para ser sincero,
não esperava superar a Ferrari",
disse Ralf, que completou 26 anos
ontem. "Foi uma disputa apertada, mas fizemos o suficiente para
sair com a primeira posição."
O tempo conseguido pelo caçula, 1min12s989, foi só um centésimo de segundo melhor que o do
primogênito. A marca é, ainda,
2s643 melhor que a pole do ano
passado, reflexo da disputa entre
as duas fabricantes de pneus
-em 2000, sem concorrência, a
Bridgestone estava acomodada.
"Acho que eu até poderia melhorar na minha última volta, mas
não consegui. Foi uma pena, mas
é o resultado final que conta",
afirmou Michael. "Pelo menos,
essa é uma boa maneira de o Ralf
comemorar o aniversário."
Nos boxes da Williams, a já tradicional frieza de Ralf diante do
resultado contrastou com a vibração de toda sua equipe.
A Williams não largava na pole
há 58 corridas, desde o GP da Europa de 99 -na ocasião, com o
canadense Jacques Villeneuve.
As filas da BMW e da Michelin
eram ainda mais longas. A montadora alemã não conseguia uma
pole desde o GP da Itália de 86
-com Teo Fabi, num Benetton.
A Michelin não largava na frente
desde o GP de Portugal de 84
-Nelson Piquet, num Brabham.
No caso da Michelin, um bom
resultado hoje é questão de honra.
A sede da fábrica francesa de
pneus fica em Clemont-Ferrand,
a 150 km de Magny-Cours, onde
ela realiza todos os seus testes.
"Definitivamente, acho que vamos ter um bom ritmo de corrida.
Apesar de o asfalto daqui ser muito abrasivo, não estamos preocupados com resistência", afirmou
Pierre Dupasquier, diretor da Michelin, que passou o treino ao lado do carro de Ralf.
Como já havia acontecido na
sessão de sexta-feira, a Ferrari enviou seu espião, Miodrag Kotur,
observar o trabalho da Williams.
Até o GP da Europa, na semana
passada, Kotur tinha como principal função investigar a McLaren, agora em segundo plano.
Para a cúpula da Ferrari, uma
vitória hoje será uma "zebra".
No início do ano, em seu planejamento para o Mundial, os ferraristas consideraram o GP da França como uma "corrida perdida",
pois a Michelin corre em casa.
NA TV - GP da França, Globo,
ao vivo, às 9h
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