São Paulo, segunda-feira, 01 de julho de 2002

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Time de Scolari supera até o campeão de 1994, famoso pela eficiência na retaguarda

Criticada, defesa sofre só um gol nos mata-matas

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

O setor mais criticado da seleção brasileira campeã mundial de 2002 terminou a competição com uma marca nunca antes alcançada pelo país nas Copas do Mundo.
Depois de uma primeira fase com muito mais baixos do que altos, a defesa brasileira sofreu só um gol nos quatro jogos eliminatórios a partir das oitavas.
Nunca antes o time nacional havia feito tantos jogos decisivos com um número de gols sofridos tão baixo. O time de 1994, que foi campeão com uma defesa decantada como a melhor do Brasil de todos os tempos, levou dois gols a partir das oitavas até a decisão.
O único gol levado pela seleção após o fim da fase inicial ainda aconteceu em uma falha individual -de Lúcio, no jogo contra a Inglaterra, pelas quartas-de-final.
Diante da Alemanha, o time conseguiu outros feitos. Nas seis vezes anteriores que tinha disputado a final de uma Copa, os europeus haviam marcado, pelo menos, um gol. Em todo o Mundial asiático, o time do técnico Rudi Völler, antes do duelo de ontem, havia balançado as redes, no mínimo, uma vez por partida.
Scolari fez questão de defender seus zagueiros após a conquista do título. "Nossa zaga é uma das melhores do mundo. Nossos zagueiros têm a vantagem de saberem jogar também", disse o treinador, que foi um tosco zagueiro na época que era atleta.
Pelos números do Datafolha, o treinador tem razão em exaltar seus zagueiros titulares. Na função de marcador, nenhum deles foi melhor do que Roque Júnior. As estatísticas o apontaram como o maior destaque nos desarmes no jogo de ontem -35 no total.
Já Lúcio, apesar de arriscadas saídas de bola, foi o recordista de um fundamento quase sempre associado a jogadores de meio-campo ou ataque. O zagueiro tentou quatro dribles na final da Copa, contra, por exemplo, três do meia-atacante Ronaldinho.
Edmilson, além de ter sido o autor de um dos mais belos gols da Copa, no jogo contra a Costa Rica, se destacou pelo "fair play". Nas seis partidas que disputou, cometeu apenas quatro infrações.
Na frente da zaga, o volante Gilberto Silva também apareceu bem. Sem ter desfalcado o time em um minuto sequer da Copa-2002, o jogador foi o melhor passador dos titulares do Brasil. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG, PAULO COBOS, ROBERTO DIAS, RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)


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