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Time de Scolari supera até o campeão de 1994, famoso pela eficiência na retaguarda
Criticada, defesa sofre só um gol nos mata-matas
DOS ENVIADOS A YOKOHAMA
O setor mais criticado da seleção brasileira campeã mundial de
2002 terminou a competição com
uma marca nunca antes alcançada pelo país nas Copas do Mundo.
Depois de uma primeira fase
com muito mais baixos do que altos, a defesa brasileira sofreu só
um gol nos quatro jogos eliminatórios a partir das oitavas.
Nunca antes o time nacional havia feito tantos jogos decisivos
com um número de gols sofridos
tão baixo. O time de 1994, que foi
campeão com uma defesa decantada como a melhor do Brasil de
todos os tempos, levou dois gols a
partir das oitavas até a decisão.
O único gol levado pela seleção
após o fim da fase inicial ainda
aconteceu em uma falha individual -de Lúcio, no jogo contra a
Inglaterra, pelas quartas-de-final.
Diante da Alemanha, o time
conseguiu outros feitos. Nas seis
vezes anteriores que tinha disputado a final de uma Copa, os europeus haviam marcado, pelo menos, um gol. Em todo o Mundial
asiático, o time do técnico Rudi
Völler, antes do duelo de ontem,
havia balançado as redes, no mínimo, uma vez por partida.
Scolari fez questão de defender
seus zagueiros após a conquista
do título. "Nossa zaga é uma das
melhores do mundo. Nossos zagueiros têm a vantagem de saberem jogar também", disse o treinador, que foi um tosco zagueiro
na época que era atleta.
Pelos números do Datafolha, o
treinador tem razão em exaltar
seus zagueiros titulares. Na função de marcador, nenhum deles
foi melhor do que Roque Júnior.
As estatísticas o apontaram como
o maior destaque nos desarmes
no jogo de ontem -35 no total.
Já Lúcio, apesar de arriscadas
saídas de bola, foi o recordista de
um fundamento quase sempre
associado a jogadores de meio-campo ou ataque. O zagueiro tentou quatro dribles na final da Copa, contra, por exemplo, três do
meia-atacante Ronaldinho.
Edmilson, além de ter sido o autor de um dos mais belos gols da
Copa, no jogo contra a Costa Rica,
se destacou pelo "fair play". Nas
seis partidas que disputou, cometeu apenas quatro infrações.
Na frente da zaga, o volante Gilberto Silva também apareceu
bem. Sem ter desfalcado o time
em um minuto sequer da Copa-2002, o jogador foi o melhor passador dos titulares do Brasil.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOÃO
CARLOS ASSUMPÇÃO, JOSÉ ALBERTO
BOMBIG, PAULO COBOS, ROBERTO DIAS,
RODRIGO BUENO E SÉRGIO RANGEL)
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