|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Goleiro ganha prêmio da Fifa, mas fica inconsolável
Para Kahn, falha no 1º gol custou o Mundial
DOS ENVIADOS A YOKOHAMA
Quando a partida contra o Brasil terminou, a maioria dos atletas
alemães foi até a beira do gramado, a fim de agradecer o apoio dos
cerca de 3.000 torcedores que vieram da Europa apoiá-los.
Oliver Kahn, 33, tido como
principal destaque da equipe no
torneio antes da final, não.
O goleiro, que nos seis primeiros jogos da Copa sofreu somente
um gol -contra a Irlanda-, ficou mais de cinco minutos sentado, encostado em uma das traves.
Desolado, ele foi consolado primeiro pelo italiano Pierluigi Collina, o juiz da partida, e depois pelo
técnico Luiz Felipe Scolari.
Não adiantou. ""Nada me consola", desabafou Kahn, que falhou
no primeiro gol de Ronaldo, soltando a bola nos pés do atacante
após chute de Rivaldo.
Eleito pela Fifa melhor goleiro
do Mundial-2002 -troféu Iashin-, o alemão afirmou estar
consciente de que ""esse foi meu
único erro em sete jogos nesta Copa". ""Porém, por esse único erro,
fomos severamente punidos."
Com a perda do campeonato.
Dizendo-se contundido em
uma das mãos, o goleiro alemão
lamentou que Collina não traga
sorte à sua carreira.
""Com ele no apito, perdemos a
final da Copa dos Campeões [pelo
Bayern de Munique" para o Manchester United e levamos de 5 a 1
para a Inglaterra", afirmou.
Apesar da falha no primeiro gol,
ele acha que não é certo apontá-lo
como principal responsável pela
derrota alemã.
""Somos um time, e da mesma
forma que eu dizia que ninguém
ganha sozinho, ninguém perde
sozinho também."
O mais importante, para Kahn,
é que a campanha na Copa-2002
recolocou a Alemanha entre as
principais seleções do mundo. ""É
algo que não se apaga por apenas
um lance infeliz", afirmou.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOÃO
CARLOS ASSUMPÇÃO, JOSÉ ALBERTO
BOMBIG, PAULO COBOS, RODRIGO BUENO,
ROBERTO DIAS e SÉRGIO RANGEL)
Texto Anterior: Atletas ignoram regra da Fifa e mostram frases Próximo Texto: Brasil volta a disputar uma eliminatória de Copa já no ano que vem Índice
|