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MEMÓRIA
Investigação piorou relacionamento com o governo federal
DOS ENVIADOS A YOKOMAHA
As duas CPIs que investigaram a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no Congresso,
ambas com o apoio do governo
federal, foram a gota d'água na
tumultuada relação entre a entidade dirigida por Ricardo Teixeira e o presidente Fernando
Henrique Cardoso.
Terminadas as investigações,
mesmo em meio à Copa do
Mundo, FHC editou a medida
provisória da "moralização do
futebol". O texto da MP contrariou interesses de clubes de futebol e federações.
Em 1998, mesmo após a derrota na final da Copa da França, a
seleção brasileira foi a Brasília
em sua volta ao Brasil se encontrar com o presidente.
A visita aconteceu em meio à
polêmica sobre a crise nervosa
que teria acometido o atacante
Ronaldo no mesmo dia da partida decisiva do Mundial e acabou
prejudicando o time nacional
-a seleção foi derrotada por 3 a
0 pelos franceses.
O presidente da República cometeu uma gafe ao homenagear
o time: "Não vamos deixar passar a chance de o país ser tetracampeão", disse ele.
O Brasil era tetracampeão desde 1994, na Copa dos EUA.
No entender da CBF, o governo federal não interveio para
evitar o uso eleitoral das CPIs e
minimizar o desgaste da entidade. Teixeira, além disso, é aliado
do PFL, que, em parte, está rompido com o Planalto.
A relação da seleção brasileira
com o poder de Brasília se estreitou em 1970, quando o presidente Médici utilizou a conquista do tricampeonato mundial no
México para propagandear o regime militar (1964-1985).
(FV, FM, JAB, JCA, PC, RBU, RD E SR)
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