São Paulo, segunda-feira, 01 de julho de 2002

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MEMÓRIA

Investigação piorou relacionamento com o governo federal

DOS ENVIADOS A YOKOMAHA

As duas CPIs que investigaram a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no Congresso, ambas com o apoio do governo federal, foram a gota d'água na tumultuada relação entre a entidade dirigida por Ricardo Teixeira e o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Terminadas as investigações, mesmo em meio à Copa do Mundo, FHC editou a medida provisória da "moralização do futebol". O texto da MP contrariou interesses de clubes de futebol e federações.
Em 1998, mesmo após a derrota na final da Copa da França, a seleção brasileira foi a Brasília em sua volta ao Brasil se encontrar com o presidente.
A visita aconteceu em meio à polêmica sobre a crise nervosa que teria acometido o atacante Ronaldo no mesmo dia da partida decisiva do Mundial e acabou prejudicando o time nacional -a seleção foi derrotada por 3 a 0 pelos franceses.
O presidente da República cometeu uma gafe ao homenagear o time: "Não vamos deixar passar a chance de o país ser tetracampeão", disse ele.
O Brasil era tetracampeão desde 1994, na Copa dos EUA.
No entender da CBF, o governo federal não interveio para evitar o uso eleitoral das CPIs e minimizar o desgaste da entidade. Teixeira, além disso, é aliado do PFL, que, em parte, está rompido com o Planalto.
A relação da seleção brasileira com o poder de Brasília se estreitou em 1970, quando o presidente Médici utilizou a conquista do tricampeonato mundial no México para propagandear o regime militar (1964-1985). (FV, FM, JAB, JCA, PC, RBU, RD E SR)


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