São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2010

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Alemanha já reclama da catimba

Schweinsteiger alerta para provocações dos argentinos e pressão que exercem na arbitragem

JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADO ESPECIAL A PRETÓRIA

Às vésperas do confronto com a Argentina pelas quartas de final da Copa do Mundo, a Alemanha está preocupada com a "catimba" rival.
"Espero que o árbitro acompanhe os lances de perto", declarou ontem, em Pretória, o meio-campista Bastian Schweinsteiger.
"O comportamento deles em campo, o modo como gesticulam e tentam influenciar a arbitragem, é no mínimo desrespeitoso", afirmou.
O jogador é um dos remanescentes do confronto entre os dois países nas quartas de final da Copa de 2006, na Alemanha, quando os donos da casa eliminaram os argentinos na disputa de pênaltis.
Ao final desse jogo, houve uma briga generalizada entre jogadores e membros da comissão técnica das equipes.
"O importante é que não nos intimidemos e que não entremos nas provocações", concluiu Schweinsteiger.
O treinador Joachim Löw evitou falar sobre os pontos fracos da Argentina. "Eles têm uma boa defesa e um ataque extraordinário. Claro que detectamos também pontos vulneráveis e vamos explorá-los, mas não vou dizer quais são."
Para Löw, é difícil julgar Diego Maradona como treinador, "pois não acompanho o dia a dia do seu trabalho". "Mas ele instilou orgulho e autoconfiança em seus jogadores e fez seu time jogar num estilo muito bom."
No último confronto entre as duas seleções, em março, em Munique, a Argentina venceu a Alemanha por 1 a 0.
"Mas há que levar em conta três coisas", disse Schweinsteiger. "Primeiro: era um amistoso. Segundo: eles não criaram muitas chances de gol. Terceiro: estamos mais preparados."
Questionado sobre as queixas de Maradona de que os adversários fazem muitas faltas em Messi, Löw disse que não é estilo de sua equipe fazer faltas deliberadamente. "Faremos um esforço coletivo para pará-lo sem faltas. Outras equipes conseguiram. Mas não é apenas Messi que precisa de atenção."
O técnico alemão enfatizou a renovação empreendida no elenco da seleção desde 2006, quando a equipe ficou em terceiro na Copa em casa, como principal razão do êxito da equipe até aqui.
E destacou o trabalho de Horst Hrubesch, técnico da seleção sub-21 campeã europeia em 2009. "Muitos dos nossos atletas estiveram com ele nos últimos anos."


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