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Alemanha já reclama da catimba
Schweinsteiger alerta para provocações dos argentinos e pressão que exercem na arbitragem
JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADO ESPECIAL A PRETÓRIA
Às vésperas do confronto
com a Argentina pelas quartas de final da Copa do Mundo, a Alemanha está preocupada com a "catimba" rival.
"Espero que o árbitro
acompanhe os lances de perto", declarou ontem, em Pretória, o meio-campista Bastian Schweinsteiger.
"O comportamento deles
em campo, o modo como
gesticulam e tentam influenciar a arbitragem, é no mínimo desrespeitoso", afirmou.
O jogador é um dos remanescentes do confronto entre
os dois países nas quartas de
final da Copa de 2006, na
Alemanha, quando os donos
da casa eliminaram os argentinos na disputa de pênaltis.
Ao final desse jogo, houve
uma briga generalizada entre
jogadores e membros da comissão técnica das equipes.
"O importante é que não
nos intimidemos e que não
entremos nas provocações",
concluiu Schweinsteiger.
O treinador Joachim Löw
evitou falar sobre os pontos
fracos da Argentina. "Eles
têm uma boa defesa e um
ataque extraordinário. Claro
que detectamos também
pontos vulneráveis e vamos
explorá-los, mas não vou dizer quais são."
Para Löw, é difícil julgar
Diego Maradona como treinador, "pois não acompanho
o dia a dia do seu trabalho".
"Mas ele instilou orgulho e
autoconfiança em seus jogadores e fez seu time jogar
num estilo muito bom."
No último confronto entre
as duas seleções, em março,
em Munique, a Argentina
venceu a Alemanha por 1 a 0.
"Mas há que levar em conta três coisas", disse
Schweinsteiger. "Primeiro:
era um amistoso. Segundo:
eles não criaram muitas
chances de gol. Terceiro: estamos mais preparados."
Questionado sobre as
queixas de Maradona de que
os adversários fazem muitas
faltas em Messi, Löw disse
que não é estilo de sua equipe fazer faltas deliberadamente. "Faremos um esforço
coletivo para pará-lo sem faltas. Outras equipes conseguiram. Mas não é apenas Messi
que precisa de atenção."
O técnico alemão enfatizou a renovação empreendida no elenco da seleção desde 2006, quando a equipe ficou em terceiro na Copa em
casa, como principal razão
do êxito da equipe até aqui.
E destacou o trabalho de
Horst Hrubesch, técnico da
seleção sub-21 campeã europeia em 2009. "Muitos dos
nossos atletas estiveram com
ele nos últimos anos."
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