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FUTEBOL
São Caetano volta nervoso para 2ª etapa e permite reação em 13 minutos
Quarteto ofensivo fracassa, e Olimpia ganha de virada
EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
O terceiro fracasso seguido do
São Caetano numa decisão aconteceu numa noite em que o setor
ofensivo da equipe, principal motivo de orgulho do técnico Jair Picerni, voltou a falhar, como já
ocorrera nas finais da Copa JH e
do Nacional-2001.
Apesar de começar o jogo com
quatro jogadores de características ofensivas -Aílton, Robert,
Anaílson e Somália-, o clube do
ABC não teve poder de fogo para
alcançar o empate que lhe daria o
sonhado título da Libertadores.
Apesar do posicionamento
ofensivo no começo da partida e
de terem criado duas chances nos
dois primeiros minutos, o Olimpia, que precisava vencer por dois
gols de diferença para ser campeão sem os pênaltis, não conseguiu colocar em prática o plano
de desmontar o esquema de jogo
rival com um gol no início.
Os paraguaios sofreram com o
bloqueio armado pelo São Caetano nos momentos em que o time
era atacado.
A equipe do técnico Nery Pumpido foi prejudicada ainda pelos
erros de passes, principalmente
de seus defensores e meias, que
estragavam as jogadas em seu
campo de defesa.
A equipe brasileira falhou nas
tentativas de contra-atacar com
Somália, que ficava impedido ao
ser lançado. Sem que os meias armassem as jogadas com eficiência, o goleiro Sílvio Luiz tentou
lançar o atacante na saída de bola,
mas também falhou.
Sem conseguir o contra-ataque,
o time paulista abriu o placar com
uma jogada trabalhada. Aos
32min, Somália e Aílton tabelaram com rapidez. A bola sobrou
livre na entrada da área para Aílton, que bateu na saída do goleiro.
O placar foi aberto justamente
quando o Olimpia estava melhor.
Era mais ofensivo, apesar de errar
nas conclusões, enquanto o São
Caetano falhava na marcação. Os
brasileiros davam os primeiros sinais de nervosismo pouco antes
de chegarem ao gol.
Porém, a desvantagem deixou
os paraguaios abalados e com
mais dificuldade para atacar, já
que os erros de seus atletas nas
trocas de passes aumentaram.
O Olimpia se livrou da apatia na
volta para o segundo tempo. Como havia ocorrido no início da
etapa anterior, o time paraguaio
desperdiçou uma chance para
marcar já no primeiro minuto.
Mas não foi preciso pressionar
muito para o clube paraguaio
chegar ao empate. Aos 4min, Córdoba marcou para os visitantes.
A equipe se manteve no ataque,
criando jogadas com rapidez e
criando dificuldades para o rival
na marcação.
Aos 13min, após cruzamento
em que a defesa falhou e Sílvio
Luiz não afastou a bola, Báez desempatou a partida, resultado que
levaria a decisão para os pênaltis.
A pressa de Picerni para mudar
o time após sofrer o segundo gol
foi tanta que o reserva Serginho
quase atropelou os jogadores adversários, que faziam sua comemoração fora do gramado.
Mesmo precisando só de um gol
para chegar ao empate e ficar com
o título, o treinador do São Caetano tirou o meia ofensivo Robert
para a entrada de Serginho, que é
volante. Mais tarde, Picerni trocou o meia Aílton pelo atacante
Wagner.
Nos minutos seguintes ao segundo gol paraguaio, o Olimpia
seguiu mais ofensivo, apesar de os
brasileiros terem criado rapidamente uma chance.
Mas o São Caetano seguia cometendo os mesmos erros da etapa anterior, principalmente na armação das jogadas.
A partir dos 15 minutos finais, a
equipe do ABC acordou. Passou a
jogar pelas laterais, tornando-se
mais ofensiva que o rival.
O cruzamento e os chutes de fora da área eram as principais opções dos brasileiros, que falharam
nas finalizações.
Com a partida chegando ao fim,
os paraguaios se preocuparam
apenas em se defender. A preocupação defensiva após os 41min,
quando o Olimpia perdeu Quintana, que foi expulso.
Mesmo assim, o time brasileiro
não chegou ao empate. Os paraguaios, comemoram o fato de levarem a decisão para os pênaltis.
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