São Paulo, quinta-feira, 01 de agosto de 2002

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Construção de sede na Barra fica na promessa

DA SUCURSAL DO RIO

Com a mudança para o complexo comercial, a CBF deixa no papel a construção da prometida sede da Barra da Tijuca.
Há dois anos, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, realizou uma solenidade especial para apresentar a maquete da moderna sede, que abrigaria um museu do futebol e um shopping.
O novo prédio seria construído em associação com empresários europeus e poderia contar com dinheiro da Nike, patrocinadora da seleção. Pelo contrato inicial, a empresa se comprometia a ajudar a entidade a construir a nova sede.
Com a mudança para o prédio alugado, a CBF terá o seu nono endereço desde sua fundação em 1916, quando ainda era a Confederação Brasileira de Desportos.
O primeiro endereço foi o Pavilhão Mourisco, em Botafogo. De lá, a entidade passou por mais seis endereços no centro da cidade até se instalar na rua da Alfândega.
O prédio próprio de nove andares foi fundado por João Havelange, então presidente da CBD, no ano de 1967.
A mudança de endereço já criou polêmica entre os dirigentes de federações. O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto de Oliveira, é contrário à transferência da sede para a Barra da Tijuca.
Único candidato confesso à sucessão de Teixeira, Oliveira disse que vai instalar novamente a CBF no prédio da rua da Alfândega se ganhar a eleição, prevista para o segundo semestre do próximo ano. ""Eu não tenho medo do povo. Se ganhar, quero a CBF de novo no centro do Rio. Não quero ir para aquele fim de mundo da Barra da Tijuca", afirmou Oliveira.
De acordo com o dirigente pernambucano, Teixeira está desobedecendo uma decisão da Assembléia Geral da entidade, que havia autorizado a construção da nova sede, o que não aconteceu.
A mudança da CBF para a sede alugada aumentou as especulações que Teixeira pretende continuar no cargo ao final do seu atual mandato. Até o fim da Copa do Mundo, ele garantia que não iria se candidatar novamente. (SR)



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