São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2010

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JUCA KFOURI

O Dérbi. No Pacaembu


Pela segunda vez seguida, após 15 anos, Palmeiras e Corinthians se enfrentam no palco preferido

AFORA A polêmica sobre qual é o clássico de maior rivalidade em São Paulo, e o Dérbi ganha disparado embora o colunista divirja, a constatação é a de que faz 15 anos que Palmeiras e Corinthians não se enfrentam no palco que os paulistanos preferem, o Pacaembu, pelo Brasileiro e pela segunda vez seguida.
Sim, neste 2010, depois de dez anos sem se enfrentarem no estádio, os dois jogaram pelo campeonato estadual, em janeiro, quando o alvinegro quebrou uma escrita de três anos sem vencer o rival.
E desde 1995 que ambos não se enfrentam duas vezes consecutivas no Pacaembu, além de ter sido também em 1995 a última vez em que jogaram valendo por torneio nacional, com vitória alviverde.
Aliás, foram apenas sete jogos por Campeonatos Brasileiros, com duas vitórias verdes, quatro empates e apenas uma alvinegra, em 1972.
Este Dérbi será o 139º no chamado "próprio da municipalidade", com 53 vitórias corintianas e 46 palmeirenses, que levam vantagem no confronto geral pelas mesmas sete partidas, 120 a 113.
E, se houver empate, será o 100º na história do clássico e 40º no Pacaembu.
Números, números, números. Números que muitas vezes significam apenas isso, números.
Mas que não só servem para festejar que o Dérbi não seja fora da capital, como em 2009, em Presidente Prudente, como ainda por cima, talvez revelem, para os que neles acreditam sem pestanejar, que a tendência deste domingo é empate e não só para arredondar as estatísticas. Porque se o empate não dá a primeira vitória ao Felipão, pelo menos não agrava o jejum. E permite uma estreia sem problemas para Adilson Batista.
Mas sabemos que um Palmeiras e Corinthians é um Corinthians e Palmeiras, como diria o imortal técnico gaúcho Oswaldo Brandão, vitorioso em ambos os lados. É sempre embate imprevisível.
Que o digam Adãozinho, condutor da impossível virada alvinegra de 4 a3, em 1971, e Ronaldo, o primo de Tostão, que aumentou para 20 anos o jejum corintiano, em 1974. Ou, ainda, que o digam as embaixadinhas de Edílson e as defesas de pênaltis de São Marcos na Libertadores, tudo, diga-se, no Morumbi, que também não deve ser esquecido, principalmente em ocasiões mais decisivas.
O Pacaembu hoje, com mando palmeirense, será majoritariamente verde, embora, por saudável acordo entre os clubes, que vigorará para o segundo turno, os alvinegros tenham direito a 12 dos 38 mil ingressos, para ocupar o tobogã e uma parte da arquibancada, do lado direito das numeradas.

blogdojuca@uol.com.br


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