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MEMÓRIA
Atacante é o 9º pentacampeão em novo clube
DA REPORTAGEM LOCAL
Título mundial em uma
mão e um novo contrato na
outra. Com Ronaldo no Real
Madrid, a seleção de 2002
entra de vez para a história
como o time nacional campeão do planeta que mais
negócios imediatos gerou.
Dos 23 jogadores que formavam o grupo montado
por Luiz Felipe Scolari na
Ásia, nove mudaram de clube após a Copa do Mundo:
Belletti, Dida, Edílson, Gilberto Silva, Juninho, Luizão,
Ricardinho, Rivaldo e, finalmente, Ronaldo.
Antes do penta, a seleção
brasileira campeã do mundo
em que mais atletas aproveitaram os holofotes da competição para trocar de clube
foi a do tetra, em 1994. Naquela ocasião, entretanto,
apenas cinco jogadores mudaram de ares após a Copa.
Nas três primeiras conquistas brasileiras, a glória
obtida, no lugar de vantajosas transferências, era acompanhada de mais tempo no
mesmo emprego. Pelé, por
exemplo, ganhou três Copas
sem sair do Santos. Só foi para os EUA quase cinco anos
depois do tri no México.
As negociações envolvendo Ronaldo e Ricardinho tiveram como característica
comum o longo tempo para
suas definições, ao contrário
dos outros pentacampeões,
que acertaram novos contratos de forma rápida.
No caso do novo meia são-paulino, outra particularidade aconteceu. Enquanto Ricardinho continuará atuando no país, os outros oito
pentacampeões que trocaram de clubes receberão em
moeda forte -todos tiveram a Europa ou o Japão como destino. Antes de Ronaldo, a maior soma envolvendo um pentacampeão teve
como objeto o meia Juninho, que defendeu o Flamengo no primeiro semestre. O Atlético de Madrid,
que detinha seu passe, o repassou para o Middlesbrough por US$ 9 milhões.
Outro negócio milionário
envolveu o volante Gilberto
Silva, titular absoluto na
campanha do penta. Por ele,
o Arsenal inglês pagou US$ 7
milhões ao Atlético-MG.
Na maioria dos casos, entretanto, os pentacampeões
foram recompensados numa proporção muito maior
do que seus ex-clubes.
Antes de transferir-se para
o Hertha Berlim, da Alemanha, Luizão rescindiu seu
contrato com o Grêmio, que
disputava fases decisivas da
Copa Libertadores-2002.
Coisa parecida aconteceu
com o astro Rivaldo. O Milan só precisou acertar o salário do jogador, já que o
Barcelona o havia dispensado um pouco antes.
O goleiro Dida voltou ao
mesmo Milan depois de defender o Corinthians por
empréstimo. Em crise financeira, o clube paulista não teve como reter o atleta.
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