São Paulo, domingo, 01 de setembro de 2002

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MEMÓRIA

Atacante é o 9º pentacampeão em novo clube

DA REPORTAGEM LOCAL

Título mundial em uma mão e um novo contrato na outra. Com Ronaldo no Real Madrid, a seleção de 2002 entra de vez para a história como o time nacional campeão do planeta que mais negócios imediatos gerou.
Dos 23 jogadores que formavam o grupo montado por Luiz Felipe Scolari na Ásia, nove mudaram de clube após a Copa do Mundo: Belletti, Dida, Edílson, Gilberto Silva, Juninho, Luizão, Ricardinho, Rivaldo e, finalmente, Ronaldo.
Antes do penta, a seleção brasileira campeã do mundo em que mais atletas aproveitaram os holofotes da competição para trocar de clube foi a do tetra, em 1994. Naquela ocasião, entretanto, apenas cinco jogadores mudaram de ares após a Copa.
Nas três primeiras conquistas brasileiras, a glória obtida, no lugar de vantajosas transferências, era acompanhada de mais tempo no mesmo emprego. Pelé, por exemplo, ganhou três Copas sem sair do Santos. Só foi para os EUA quase cinco anos depois do tri no México.
As negociações envolvendo Ronaldo e Ricardinho tiveram como característica comum o longo tempo para suas definições, ao contrário dos outros pentacampeões, que acertaram novos contratos de forma rápida.
No caso do novo meia são-paulino, outra particularidade aconteceu. Enquanto Ricardinho continuará atuando no país, os outros oito pentacampeões que trocaram de clubes receberão em moeda forte -todos tiveram a Europa ou o Japão como destino. Antes de Ronaldo, a maior soma envolvendo um pentacampeão teve como objeto o meia Juninho, que defendeu o Flamengo no primeiro semestre. O Atlético de Madrid, que detinha seu passe, o repassou para o Middlesbrough por US$ 9 milhões.
Outro negócio milionário envolveu o volante Gilberto Silva, titular absoluto na campanha do penta. Por ele, o Arsenal inglês pagou US$ 7 milhões ao Atlético-MG.
Na maioria dos casos, entretanto, os pentacampeões foram recompensados numa proporção muito maior do que seus ex-clubes.
Antes de transferir-se para o Hertha Berlim, da Alemanha, Luizão rescindiu seu contrato com o Grêmio, que disputava fases decisivas da Copa Libertadores-2002.
Coisa parecida aconteceu com o astro Rivaldo. O Milan só precisou acertar o salário do jogador, já que o Barcelona o havia dispensado um pouco antes.
O goleiro Dida voltou ao mesmo Milan depois de defender o Corinthians por empréstimo. Em crise financeira, o clube paulista não teve como reter o atleta.



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