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Depois do Pan, Brasil espera rigor em notas
DA REPORTAGEM LOCAL
"O Mundial será bem diferente do Pan-Americano, pelo tamanho do evento, pelo
que está em jogo e até pelo
maior rigor da arbitragem."
A frase de Renato Araújo,
técnico da seleção masculina, dá uma pista do que representa o Mundial de Stuttgart, a única rota da ginástica
artística para se chegar à
Olimpíada de Pequim-2008.
A grandeza deste Pré-Olímpico pode ser sentida
pelos números. Em 14 dias
de evento (incluindo treinos
oficiais, reunião de árbitros e
análise de notas, entre outros), estarão em ação 551 ginastas (no Pan, foram cerca
de cem), de 81 países, recorde
no esporte.
Realizado na Alemanha,
considerada o berço da ginástica, o Mundial viu os ingressos acabarem em março
e é o grande teste para os planejamentos do atual ciclo
olímpico, tanto que até o
Brasil está diferente.
Pela primeira vez na história, o país levará, além dos 12
ginastas titulares (seis no
masculino e seis no feminino), dois reservas -no ano
passado, uma contusão de
última hora fez com que um
atleta viajasse às pressas para o evento.
E, apesar de o montante
parecer irrisório perto das cifras do futebol, o país empenhou sua maior quantia, R$
200 mil, para disputar a
competição, que envolve
amistosos, aclimatação, estadia e alimentação. "Fizemos
de tudo, pois no ano que vem
tudo está depositado na
Olimpíada. Sem ela, não dá
para imaginar", afirma Eliane Martins, supervisora de
seleções da Confederação
Brasileira de Ginástica.
E, apesar dos destaques individuais das seleções -Diego Hypólito, Jade Barbosa,
Laís Souza e Daiane dos Santos-, o foco é todo das equipes. "Competir bem na estréia é fundamental, pois define todo o resto da competição e até a vaga olímpica", diz
o treinador Leonardo Finco.
E ele está certo. A fase classificatória colocará em Pequim as 12 melhores equipes,
tanto entre os homens quanto entre as mulheres.
Se ficar fora dessa faixa, do
13º ao 15º, o país tem direito
a dois atletas na Olimpíada.
Depois disso, fica mais complicado, já que exigirá um título de campeão por aparelho ou terá de contar com índices do individual geral.
Além disso, a fase classificatória define quem avança para os demais dias de provas.
"A nossa meta é competir
pela equipe", diz Daiane dos
Santos, que ainda se ressente
da contusão sofrida no Pan,
no tornozelo esquerdo.
No feminino, o Brasil irá
estrear amanhã. No masculino, o país entra em ação na
segunda-feira.0
(CCP)
NA TV - Mundial de Ginástica
Band, ao vivo, às 15h15
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