São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000

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A BOA DE ONTEM
Hay que endurecer

Na "porrada", Cuba não deu bola para a sua grave crise econômica e superou em Sydney a marca de medalhas de ouro que obteve em Atlanta.
Na Olimpíada-2000, os caribenhos, sem contar o último dia de provas, já tinham 11 ouros, contra nove dos Jogos de 1996.
Para isso, mais do que qualquer outro país, contou com um ótimo desempenho nos esportes de luta, como o boxe, em que ontem o mito Félix Savón, após bater o russo Sultan Ibzagimov, conquistou a sua terceira medalha de ouro consecutiva, igualando o feito de seu compatriota Teófilo Stevenson, campeÃŁo olímpico entre 1972 e 1980.
Nas 11 vezes em que os cubanos foram ao lugar mais alto do pódio em Sydney, oito foram nos esportes de luta: boxe, judô, taekwondo e luta olímpica. Além dos ouros, ainda conquistaram outras sete medalhas nessas modalidades.
No boxe, como sempre acontece desde que o país virou potência olímpica, na década de 70, Cuba dominou em Sydney. Só ontem, ganhou quatro medalhas de ouro, um terçoo do que o Brasil conseguiu em todos os esportes na sua história olímpica.
Para os cubanos, o número de ouros no boxe só não é maior em razão da atuação dos juízes, que teriam prejudicado os caribenhos.
No judô, os cubanos também tiveram ótimo desempenho. Foram cinco medalhas no total, sendo duas de ouro.
Dessa forma, basicamente com a força dos punhos, além de muita técnica, o país de Fidel Castro melhorou ainda mais a sua situação na elite do esporte mundial, ficando em Sydney entre os dez mais premiados, à frente, no quadro de medalhas, de nações "milionárias", como Japão, Grã-Bretanha e Espanha.
(PAULO COBOS)



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