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A BOA DE ONTEM
Hay que endurecer
Na "porrada", Cuba não deu bola para a sua grave crise econômica e superou
em Sydney a marca de medalhas de ouro que obteve em Atlanta.
Na Olimpíada-2000, os caribenhos, sem contar o último dia de provas, já
tinham 11 ouros, contra nove dos Jogos de 1996.
Para isso, mais do que qualquer outro país, contou com um ótimo desempenho
nos esportes de luta, como o boxe, em que ontem o mito Félix Savón, após
bater o russo Sultan Ibzagimov, conquistou a sua terceira medalha de ouro
consecutiva, igualando o feito de seu compatriota Teófilo Stevenson, campeÃŁo
olímpico entre 1972 e 1980.
Nas 11 vezes em que os cubanos foram ao lugar mais alto do pódio em Sydney,
oito foram nos esportes de luta: boxe, judô, taekwondo e luta olímpica. Além
dos ouros, ainda conquistaram outras sete medalhas nessas modalidades.
No boxe, como sempre acontece desde que o país virou potência olímpica, na
década de 70, Cuba dominou em Sydney. Só ontem, ganhou quatro medalhas de
ouro, um terçoo do que o Brasil conseguiu em todos os esportes na sua
história olímpica.
Para os cubanos, o número de ouros no boxe só não é maior em razão da
atuação dos juízes, que teriam prejudicado os caribenhos.
No judô, os cubanos também tiveram ótimo desempenho. Foram cinco medalhas no
total, sendo duas de ouro.
Dessa forma, basicamente com a força dos punhos, além de muita técnica, o
país de Fidel Castro melhorou ainda mais a sua situação na elite do esporte
mundial, ficando em Sydney entre os dez mais premiados, à frente, no quadro
de medalhas, de nações "milionárias", como Japão, Grã-Bretanha e
Espanha.
(PAULO COBOS)
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