São Paulo, terça-feira, 01 de outubro de 2002

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FUTEBOL

Time não repete acomodação dos ex-campeões do torneio no Nacional

Corinthians afasta soberba de dono da Copa do Brasil

PAULO COBOS
DIOGO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O título da Copa do Brasil, uma vaga garantida na Taça Libertadores e férias no Brasileiro.
Essa trajetória, que virou rotina no futebol do país desde 1989, quando a Copa do Brasil foi criada, está sendo desafiada neste ano pelo Corinthians do técnico Carlos Alberto Parreira, líder isolado da edição 2002 do Nacional.
Ao contrário da maioria esmagadora dos clubes que conquistaram a competição eliminatória, que coloca seu campeão no principal interclubes sul-americano, o time do Parque São Jorge, que também ganhou o Torneio Rio-São Paulo no primeiro semestre, não realiza um Nacional medíocre logo após o feito.
Nenhum dos 13 campeões da Copa do Brasil anteriores ao Corinthians-2002 ganhou o Brasileiro seguinte. Nove dos vencedores não conseguiram ficar nem entre os dez primeiros colocados do Nacional, que é o certame mais importante do país.
No Corinthians, disputar o título do Brasileiro serve para afastar crises e preparar o time para o próximo ano, quando o clube novamente vai tentar seu primeiro título da Taça Libertadores.
"O time vencedor é aquele que não aceita perder. O Corinthians não se acomodou porque tem ambição. O grupo quer conquistar o título brasileiro. E todo mundo aqui sabe da cobrança. Duas derrotas e a pressão é muito grande. Por isso, os jogadores têm mostrado um poder de superação para manter a regularidade", afirmou o técnico corintiano.
"Aqui [no Corinthians], para ter tranquilidade para trabalhar, não se pode perder nunca. Com vitórias, o ambiente fica bom, como está há dez meses", afirmou o zagueiro Fábio Luciano.
O próprio Corinthians já experimentou, após obter seu primeiro título na Copa do Brasil, as consequências de uma fraca performance no Brasileiro.
Em 1995, o clube ganhou a competição eliminatória e garantiu lugar na Taça Libertadores. Depois, fez campanha medíocre no Nacional e não se recuperou para a Libertadores-96, em que não passou das quartas-de-final.



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