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FUTEBOL
Time não repete acomodação dos ex-campeões do torneio no Nacional
Corinthians afasta soberba de dono da Copa do Brasil
PAULO COBOS
DIOGO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
O título da Copa do Brasil, uma
vaga garantida na Taça Libertadores e férias no Brasileiro.
Essa trajetória, que virou rotina
no futebol do país desde 1989,
quando a Copa do Brasil foi criada, está sendo desafiada neste ano
pelo Corinthians do técnico Carlos Alberto Parreira, líder isolado
da edição 2002 do Nacional.
Ao contrário da maioria esmagadora dos clubes que conquistaram a competição eliminatória,
que coloca seu campeão no principal interclubes sul-americano, o
time do Parque São Jorge, que
também ganhou o Torneio Rio-São Paulo no primeiro semestre,
não realiza um Nacional medíocre logo após o feito.
Nenhum dos 13 campeões da
Copa do Brasil anteriores ao Corinthians-2002 ganhou o Brasileiro seguinte. Nove dos vencedores
não conseguiram ficar nem entre
os dez primeiros colocados do
Nacional, que é o certame mais
importante do país.
No Corinthians, disputar o título do Brasileiro serve para afastar
crises e preparar o time para o
próximo ano, quando o clube novamente vai tentar seu primeiro
título da Taça Libertadores.
"O time vencedor é aquele que
não aceita perder. O Corinthians
não se acomodou porque tem
ambição. O grupo quer conquistar o título brasileiro. E todo mundo aqui sabe da cobrança. Duas
derrotas e a pressão é muito grande. Por isso, os jogadores têm
mostrado um poder de superação
para manter a regularidade", afirmou o técnico corintiano.
"Aqui [no Corinthians], para
ter tranquilidade para trabalhar,
não se pode perder nunca. Com
vitórias, o ambiente fica bom, como está há dez meses", afirmou o
zagueiro Fábio Luciano.
O próprio Corinthians já experimentou, após obter seu primeiro título na Copa do Brasil, as consequências de uma fraca performance no Brasileiro.
Em 1995, o clube ganhou a competição eliminatória e garantiu lugar na Taça Libertadores. Depois,
fez campanha medíocre no Nacional e não se recuperou para a
Libertadores-96, em que não passou das quartas-de-final.
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