São Paulo, terça-feira, 01 de outubro de 2002

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BASQUETE

Após três anos, torneio vai abrigar 16 times, que farão 30 partidas -uma a cada 2,4 dias- na primeira fase

Estadual de SP volta hoje a ficar "inchado"

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Inchado em relação ao ano passado pela presença de mais uma equipe, começa hoje o Paulista masculino com 16 clubes lutando pelo título. COC/Ribeirão Preto, atual campeão, e São Caetano fazem a única partida de hoje.
A edição deste ano é a com mais competidores desde 1999, que contou com o mesmo número de times e que foi muito criticada.
Três anos depois, a fórmula de disputa prevê uma primeira fase com confrontos entre todos os clubes em turno e returno. Com isso, os times chegarão aos mata-matas, em dezembro, já tendo disputado 30 partidas -média de um jogo a cada 2,4 dias. Essa marca é próxima da registrada na NBA, em que os 29 times jogam, em média, uma vez a cada 2,1 dias.
"Acredito que é um número excessivo de partidas. Não sou contra termos 16 clubes, mas poderíamos fazer dois grupos de oito", sugere Guerrinha, técnico do Bauru, atual campeão nacional.
O Paulista voltou a um patamar que havia desagradado até o atual presidente da FPB (Federação Paulista de Basquete), Toni Chakmati. Quando eleito, em 2000, o dirigente condenou o excesso de times do torneio do ano anterior. Mudou de opinião. "As empresas estão voltando ao basquete. Não posso me negar a dar espaço a times com patrocínio de empresas como a Telesp", disse Chakmati, referindo-se ao Espéria.
Para Carlos Alberto Rodrigues, o Carlão, técnico do Valtra/Mogi, o excesso de jogos deve aumentar o número de atletas contundidos.
"Todos os times vão ter problemas com jogadores machucados", disse Carlão, preocupado com as poucas opções que teria caso perdesse atletas lesionados.
"Sem o Fúlvio e o Gastão, por exemplo, meu time perderia uma perna", comparou o treinador.
Mas as críticas não são unânimes. "Com mais times há mais oportunidade para os jovens atletas. Quanto mais jogos, melhor", disse Antônio José Paterniani, o Tom Zé, técnico da Uniara.
Alheio às reclamações, o presidente da FPB diz que não é possível agradar a todos. "Quando os times jogam pouco, os técnicos têm medo de perder o emprego. Quando jogam muito, eles também criticam", disse Chakmati.


NA TV - ESPN Brasil, ao vivo, às 20h30



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