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BASQUETE
Após três anos, torneio vai abrigar 16 times, que farão 30 partidas -uma a cada 2,4 dias- na primeira fase
Estadual de SP volta hoje a ficar "inchado"
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Inchado em relação ao ano passado pela presença de mais uma
equipe, começa hoje o Paulista
masculino com 16 clubes lutando
pelo título. COC/Ribeirão Preto,
atual campeão, e São Caetano fazem a única partida de hoje.
A edição deste ano é a com mais
competidores desde 1999, que
contou com o mesmo número de
times e que foi muito criticada.
Três anos depois, a fórmula de
disputa prevê uma primeira fase
com confrontos entre todos os
clubes em turno e returno. Com
isso, os times chegarão aos mata-matas, em dezembro, já tendo
disputado 30 partidas -média de
um jogo a cada 2,4 dias. Essa marca é próxima da registrada na
NBA, em que os 29 times jogam,
em média, uma vez a cada 2,1 dias.
"Acredito que é um número excessivo de partidas. Não sou contra termos 16 clubes, mas poderíamos fazer dois grupos de oito",
sugere Guerrinha, técnico do
Bauru, atual campeão nacional.
O Paulista voltou a um patamar
que havia desagradado até o atual
presidente da FPB (Federação
Paulista de Basquete), Toni Chakmati. Quando eleito, em 2000, o
dirigente condenou o excesso de
times do torneio do ano anterior.
Mudou de opinião. "As empresas
estão voltando ao basquete. Não
posso me negar a dar espaço a times com patrocínio de empresas
como a Telesp", disse Chakmati,
referindo-se ao Espéria.
Para Carlos Alberto Rodrigues,
o Carlão, técnico do Valtra/Mogi,
o excesso de jogos deve aumentar
o número de atletas contundidos.
"Todos os times vão ter problemas com jogadores machucados", disse Carlão, preocupado
com as poucas opções que teria
caso perdesse atletas lesionados.
"Sem o Fúlvio e o Gastão, por
exemplo, meu time perderia uma
perna", comparou o treinador.
Mas as críticas não são unânimes. "Com mais times há mais
oportunidade para os jovens atletas. Quanto mais jogos, melhor",
disse Antônio José Paterniani, o
Tom Zé, técnico da Uniara.
Alheio às reclamações, o presidente da FPB diz que não é possível agradar a todos. "Quando os
times jogam pouco, os técnicos
têm medo de perder o emprego.
Quando jogam muito, eles também criticam", disse Chakmati.
NA TV - ESPN Brasil, ao
vivo, às 20h30
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